O vice-ministro da economia da Alemanha, Rainer Baake, disse que o país estuda a possibilidade de proibir a circulação ou então a produção, para o mercado interno, de veículos movidos a combustão até 2030.
A medida é para que o país atinja a meta firmada no COP 21, o encontro do Clima em Paris, de redução de gás carbônico em pelo menos 80% até 2050.
Ainda de acordo com o executivo, desde 1990 a Alemanha não consegue reduzir as emissões de gás carbônico na área de transportes.
Segundo Rainer Baake, a medida é urgente. Hoje a Alemanha possui uma frota pequena de veículos não poluentes ou com menores emissões em comparação ao total da frota do país. São 130 mil veículos híbridos, 25 mil elétricos e 14,5 milhões movidos a diesel.
No entanto, o número de híbridos e elétricos é bem superior às nações da América Latina, como no Brasil.
Escândalos como o “dieselgate”, no qual a Volkswagen admitiu que adulterava a apuração da poluição lançada pelo seus veículos, mostram uma situação que pode ser ainda pior, já que os índices de poluição tendem ser maiores do que os números oficiais.
Até 2020, a Alemanha quer ter uma frota de 500 mil veículos livres de emissões.
O governo alemão deve atuar em duas frentes. Inicialmente deve endurecer as regras para a produção de modelos convencionais e estimular as vendas e desenvolvimento de veículos elétricos ou híbridos.
As montadoras já estão se movendo. A BMW aposta no elétrico I3 e no esportivo híbrido i8 , este que deve ter uma versão totalmente elétrica. A Mercedes-Benz anunciou um carro movido a hidrogênio com autonomia de quase 500 quilômetros para estar no mercado a partir do ano que vem. Já Volkswagen, envolvida diretamente no “dieselgate”, estima vender entre dois e três milhões de carros 100% elétricos em 2025.
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