Como seria sua vida se os planos de mobilidade de SP saíssem do papel?

Um mapa que circula há algum tempo pela internet mostra como ficaria o transporte sobre trilhos caso todas as obras saíssem do papel até 2020

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Fonte: Ondda  |  Autor: Allan Simon  |  Postado em: 09 de junho de 2016

Mapa da projeção da capital paulista em 2020

Mapa da projeção da capital paulista em 2020

créditos: Reprodução

 

Imagine uma região metropolitana completamente integrada, com direito a acesso aos principais aeroportos paulistas. No mundo das maravilhas que é o Brasil das promessas eleitorais, o povo de São Paulo viveria com uma qualidade de vida nunca imaginada pelos mortais que saem diariamente de casa e enfrentam quatro horas de transporte público ineficiente para ir e voltar do trabalho.

 

Um mapa que circula há algum tempo pela internet mostra como ficaria o transporte sobre trilhos caso todas as obras saíssem do papel até 2020. Com licitações canceladas, obras paralisadas ou em ritmo mais lento que o previsto, fica impossível imaginar que parte considerável desses projetos esteja em funcionamento em apenas quatro anos.

 

Falamos um pouco sobre atrasos e motivos das obras não saírem do papel no texto “Até quando a Grande São Paulo vai ser excluída do Metrô?”. Agora, a ideia é mostrar a você, leitor e cidadão de São Paulo, o quanto sua vida mudaria caso todas essas promessas virassem realidade. Listamos a seguir algumas alterações:

 

1 – A linha 3 – Vermelha seria menos lotada

Quem vive na zona leste da capital sabe que depender dessa linha para trabalhar ou voltar para casa nos horários de pico é realmente um inferno. A estação Corinthians-Itaquera, ponto de partida para a viagem que vai até a Barra Funda, recebe uma lotação enorme e, por isso, é difícil entrar nas composições logo de cara.

 

Muita gente que mora próxima a estações mais avançadas no sentido Barra Funda ainda prefere pegar o metrô no lado oposto para tentar um lugar sentado em Itaquera. Ou simplesmente para conseguir entrar no vagão, tarefa que já parece impossível em Artur Alvim, segunda estação da linha.

 

Por que isso ocorre? Porque a zona leste é historicamente dependente da linha 3 – Vermelha do Metrô e da linha 11 – Coral da CPTM para alcançar a região central da cidade de São Paulo. Não há outra saída que não passe pelos serviços de ônibus. Quem já enfrentou uma greve dos metroviários sabe o quanto o sistema de transporte público sobre pneus é incapaz de suportar a demanda daquela região.

 

Com pelo menos mais quatro linhas construídas na zona leste, o público de diversos bairros deixaria de se concentrar nas áreas mais críticas da linha Vermelha. Quem mora próximo à futura estação Aricanduva da linha 2 – Verde, por exemplo, não precisaria mais acessar a estação Penha da linha 3, podendo ir ao Centro usando integrações com as linhas 6 – Laranja, 4 – Amarela, ou simplesmente eliminando um ônibus para alcançar a Penha.

 

2 – São Bernardo do Campo seria integrada ao transporte sobre trilhos

Uma das cidades mais importantes de São Paulo finalmente teria acesso à malha ferroviária e metroviária existente atualmente. A operação do monotrilho na linha 18 – Bronze do Metrô inicialmente ligaria o Paço Municipal à estação Tamanduateí, com transferências à linha 2 – Verde para quem precisar ir até a região da avenida Paulista, Hospital das Clínicas ou Vila Madalena, e também à linha 10 – Turquesa da CPTM.

 

Hoje em dia, quem mora em SBC precisa usar os serviços de trólebus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que também é saturado e totalmente lotado na maior parte do horário de pico.

 

Em uma segunda fase, o monotrilho atenderá a região de Ferrazópolis, deixando o trólebus como um modal alternativo, e chegará ao bairro dos Alvarengas, local mais conhecido por quem acessa a rodovia dos Imigrantes por São Bernardo, mas muito isolado dentro da própria cidade devido à falta de condições de sua principal via, a estrada dos Alvarengas.

 

3 – Ficaria mais fácil ir ao Estádio do Morumbi

Torcedores do São Paulo e fãs de música em geral sempre reclamam da dificuldade de acesso ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo, casa dos jogos do Tricolor e sede de muitos shows internacionais, como o recentemente realizado dos Rolling Stones. A linha 4 – Amarela, já em operação há cinco anos, prevê uma estação próxima ao local, a São Paulo-Morumbi. E olhe que ela nem representa o futuro mais promissor entre os planos do governo estadual.

 

Outra linha famosa por virar lenda, a 17 – Ouro, teria uma estação chamada Estádio do Morumbi e seria ainda mais próxima. Como a casa tricolor perdeu a Copa do Mundo de 2014 para a Arena Corinthians, em Itaquera, a prioridade foi por água abaixo. Por mais alguns anos, torcer pelo São Paulo ou acompanhar seu cantor ou banda favoritos será uma missão para valentes.

 

4 – Região de São Mateus dependeria menos do trólebus do Corredor ABD

A galera de São Mateus sabe que Santo André é praticamente um “puxadinho” da zona leste da capital. Graças ao sistema de trólebus da EMTU, ficou mais fácil acessar a cidade do ABC, que virou lugar para trabalhar e estudar. A Etec Júlio de Mesquita, no centro andreense, recebeu por anos uma massa de alunos dessa região.

 

Mas a missão dos trabalhadores e estudantes nunca foi fácil. O sistema da EMTU, como dissemos anteriormente, é saturado e extremamente lotado nos horários de pico, causando diversos transtornos nas estações e paradas no meio do caminho. Quem é usuário sabe o drama que passa quem está em um desses ônibus cujo cabo de força se solta com os fios de eletricidade espalhados pelas vias.

 

A linha 14 – Ônix, que prevê uma ligação entre Santo André e Guarulhos, vai cruzar com o monotrilho da linha 15 – Prata na estação Sapopemba, duas depois de São Mateus no sentido Ipiranga.

 

Para quem sai de São Mateus, bastaria mudar para a linha Ônix, percorrer quatro estações, descer na parada Pirelli, que deverá ficar ao lado do Shopping Atrium, em Santo André, e fazer a transferência para a linha 10 – Turquesa da CPTM. Sobraria apenas uma estação até o Centro da cidade. Trólebus? Será menos lotado e opção para quem não curte tantas baldeações.

 

5 – Uma só linha integraria zona leste, regiões nobres, Brasilândia e Rodovia dos Bandeirantes

Ok, é difícil imaginar a primeira fase da linha 6 – Laranja do Metrô saindo do papel, mas o projeto existe. Essa é a famosa linha que provocou protestos dos moradores de Higienópolis, em 2011, com direito a gente falando que o metrô atrai “gente diferenciada” aos bairros nobres.

 

Se um dia sair do papel, apesar de atrasos, lentidão e do “chororô” visto no parágrafo acima, essa linha será a maior de toda a malha metroviária de São Paulo, tendo 33 estações e atendendo a regiões como a Rodovia dos Bandeirantes, Brasilândia, Freguesia do Ó, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Higienópolis, Pacaembu, Bela Vista, Cambuci, Mooca, Anália Franco, e Cidade Líder.

 

Seria uma verdadeira linha de integrações, já que possibilitaria transferências a outras oito linhas de trem e metrô em toda a sua extensão. Seria uma nova forma de acesso também ao Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

 

6 – Todos os principais estádios de futebol de São Paulo seriam beneficiados

Falamos um pouco sobre Morumbi e Pacaembu nos itens anteriores, mas também o Allianz Parque, do Palmeiras, teria uma nova forma de acesso pela linha 6 – Laranja. A estação Sesc-Pompeia ficará localizada na esquina da avenida Pompeia com a rua Venâncio Aires, a poucos metros da rua Turiassú e do Shopping Bourbon, vizinho do estádio palmeirense. O caminho feito a pé até a arena será menor do que o necessário atualmente após desembarque na estação Palmeiras-Barra Funda.

 

A Arena Corinthians, ao lado da estação Corinthians-Itaquera, seria acessada mais facilmente também pelos torcedores de Guarulhos com a construção da linha Ônix, que passará pelo local. Os corintianos que moram na zona leste em áreas que atualmente não são servidas por transportes sobre trilhos aguardam a extensão da linha 2 – Verde do Metrô, que dará acesso à linha Vermelha na estação Penha.

 

7 – A linha Lilás finalmente seria integrada ao Metrô

Construída pela CPTM e passada para as mãos do Metrô apenas anos mais tarde, a linha 5 – Lilás só tem integração com a linha 9 – Esmeralda. Com o resto do Metrô, nada. Prevista para 2015, adiada para 2016, 2017 e 2018, a ligação com as linhas Azul e Verde do Metrô virou lenda. Quando sair do papel, deverá acontecer nas estações Santa Cruz (Azul) e Chácara Klabin (Verde).

 

Mais adiante no futuro dos projetos (ou dos sonhos de quem ainda acredita na realização dessas obras) a linha Lilás também será integrada à linha 17 – Ouro na estação Água Espraiada, e com a linha 20 – Rosa, em Moema.

 

8 – Chegar ao ABC pela linha Turquesa ficaria mais rápido

Não se sabe como uma obra aparentemente tão simplesmente possa ter sido abandonada pelo governo estadual. Já quase não se fala do Expresso ABC, uma linha paralela à 10 – Turquesa que respeitaria paradas apenas nas principais estações no trecho Luz-Mauá. A economia de tempo seria sensível aos moradores do ABC que embarcam na região central da capital.

 

Quem pegasse um trem na Luz, por exemplo, veria a composição parar apenas nas estações Brás, Tamanduateí, São Caetano e Prefeito Celso Daniel – Santo André até chegar em Mauá. Quem usa a linha Turquesa sabe que foram reformados os trilhos e que existem linhas paralelas para o uso do Expresso ABC em diversos trechos. Não se sabe, porém, se esse projeto será concluído um dia.

 

O fato é que a inauguração da estação Luz da linha 4 – Amarela fez com que a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) optasse por tirar a linha Turquesa da Luz, dificultando o acesso da população do ABC como forma de não lotar as plataformas com a nova demanda.

 

9 – Daria para ir de metrô da Paulista ao Itaim

As regiões mais nobres também seriam beneficiadas pelas obras do metrô, caso elas fossem concluídas. A linha 19 – Celeste, que ligaria a estação Água Espraiada ao CECAP, em Guarulhos, teria uma estação no Itaim Bibi e cruzaria com a linha Verde na estação Brigadeiro.

 

Ou seja, quem estivesse na avenida Paulista poderia embarcar nessa nova linha e descer na segunda estação no sentido Água Espraiada, um caminho que certamente pouparia alguns bons minutos de trânsito na avenida Nove de Julho.

 

10 – Acesso aos aeroportos seria facilitado

A linha 13 – Jade da CPTM teria um terminal no Aeroporto de Guarulhos. Inicialmente curta, o acesso seria feito pela estação Engenheiro Goulart, que atende aos trens da linha 12 – Safira, que parte do Brás. No outro aeroporto famoso, o de Congonhas, haveria a construção de uma estação da linha 17 – Ouro, que liga o Morumbi ao Jabaquara.

 

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Comentários

Michell - 11 de Junho de 2020 às 10:22 Positivo 2 Negativo 1

2 das principais linhas de metrô térreo como : 1 - Azul para Mairiporã, Guarulhos, Diadema e S. B. do Campo para Jan. de 1968 e 3 - Vermelha para Poá, F. de Vasconcelos, Osasco, Barueri e Sant. de Parnaíba para Dez. de 1969 estavam previstas

Michell - 15 de Junho de 2018 às 07:35 Positivo 4 Negativo 0

Queremos Agora a Linha 20 - Rosa do Metrô Com Operação Térrea Ligando do Tremembé, na Zona Norte Paulistana Até o Centro de Rio Grande da Serra, no ABC

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