A bicicleta, que para alguns representa uma ferramenta de lazer ou simplesmente para auxiliar na manutenção da forma física, para outros serve como meio de transporte diário.
No interior do estado de Alagoas, a falta de segurança viária para os ciclistas tem causado muitos acidentes.
É o que mostram as estatísticas do Hospital de Emergência Daniel Houly (HEDH) de Arapiraca que, somente no ano passado, atendeu a 1.146 pacientes vítimas de acidentes envolvendo bicicleta. Deste total, 65 sofreram lesões graves, que resultaram em cirurgias ou internações. Quatro pessoas não resistiram à gravidade dos ferimentos e acabaram falecendo no hospital.
As quedas são os tipos de acidentes mais comuns. Somente em 2015, o hospital atendeu 853 pacientes por este motivo. Em segundo lugar vieram as colisões entre bicicletas e motocicletas (190 ocorrências) e as colisões entre bicicletas e carros, com 68 ocorrências.
Os traumas mais comuns nestes tipos de acidentes geralmente acometem os membros superiores e inferiores, a exemplo de fraturas nos braços, pernas e úmero. Nos casos mais graves, as vítimas sofrem traumatismo craniano encefálico, o chamado TCE, que pode deixar sequelas para o resto de suas vidas.
Em 2016, os números infelizmente seguem a mesma tendência de 2015. Somente no primeiro trimestre deste ano, o Hospital de Emergência Daniel Houly atendeu 227 pacientes vítimas de acidentes envolvendo bicicletas.
O auxiliar de Serviços Gerais, José Carlos, foi uma vítima. Ele sofreu fratura na tíbia (osso da perna) após cair da bicicleta. O jovem, de apenas 25 anos, estava indo para o trabalho quando sofreu o acidente. "Eu vinha rápido demais e acabei perdendo o controle da bicicleta após o pneu passar em um bolo de areia acumulado próximo ao meio fio", disse o rapaz.
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