A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta segunda-feira (23) que 60% da energia usada pelo metrô de Santiago será fornecida, a partir de 2018, por meio de fontes solares ou eólicas.
A iniciativa, que exigirá um investimento de US$ 500 milhões, prevê a construção de uma usina fotovoltaica e outra eólica no Deserto do Atacama, no norte do país, disse Bachelet durante visita a uma estação da futura linha 3 do metrô da capital chilena.
Visão de futuro
A empresa estatal responsável pelo metrô assinou na última quinta-feira (19) um contrato com as companhias encarregadas pelas obras das usinas, que fornecerão energia através do Sistema Interconectado Central (SIC), a principal rede de distribuição do Chile.
"Trata-se de um tremendo passo. Um passo em desenvolvimento empresarial, mas também de consciência e visão de futuro. É um serviço de vanguarda, e que nos orgulha pela capacidade de sermos pioneiros no mundo para oferecer a mais alta qualidade de transporte público em nosso país", disse Bachelet sobre o uso de energia renovável no metrô.
A empresa francesa Total Sun Power terá responsabilidade pela usina fotovoltaica "El Pelicano", que gerará 62% da energia requerida pelo metrô, com uma potência de 111 megawatts (MW), equivalente ao consumo de 100 mil lares. Já a brasileira Latin America Power construirá o parque eólico de Suan Juan de Aceituno, que fornecerá 18% da energia usada pelo sistema.
Segundo Bachelet, a previsão é que, com o uso de energias renováveis, o metrô reduzirá em 130 mil toneladas suas emissões de CO2, um pouco menos que as 159 mil toneladas produzidas em 2015.
Metrô de Santiago
Com 103 km e cinco linhas, além de duas outras em construção que somarão mais 30 km de vias, o metrô constitui a coluna vertebral do sistema de transporte de Santiago, com 2,4 milhões de passageiros diários.
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