Passageiros confusos e reclamando das mudanças dos pontos e itinerários dos ônibus no Rio. Motoristas perdidos com as inversões no sentido de algumas ruas. Tráfego pesado em vias como as avenidas Passos e Chile. Assim foi a manhã de quem estava chegando ao Centro, nesta segunda-feira, para o trabalho e se deparava com as alterações na região, promovidas pela prefeitura desde sábado, com vistas à implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que começa a circular em horário reduzido a partir do próximo domingo.
"Estou perdida e ainda recebi informação errada", reclamou a doméstica Antônia da Silva, de 53 anos, vinda de Niterói e que buscava o ônibus da Troncal 4, que a levaria ao seu destino, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.
A passageira que se dirigiu a um ponto desativado, na altura do número 134 da Avenida Rio Branco, contou que o agente orientador mandou que ela fosse para a Nilo Peçanha.nLá ela descobriu que o coletivo estava passando pela Avenida República do Paraguai.
Na Candelária, passageiros de linhas da Zona Oeste reclamaram da distância de mais de um quilômetro do ponto final antigo para o novo. Uma mãe, que não quis se identificar, se queixou que antes o 352 a deixava em frente à Santa Casa, ba Rua Santa Luzia, onde leva regularmente o filho de 12 anos para fazer tratamento. Agora os dois têm de fazer uma longa caminhada de ida e volta.
O subsecretário de planejamento da Secretaria municipal de Transportes, Alexandre Sansão, que acompanhou o primeiro dia útil das mudanças, avaliou que tudo estava transcorrendo como o planejado. Principalmente na Avenida Rio Branco. Ele reconheceu que essa primeira semana é de adaptação e não descartou ajustes nos tempos dos sinais de trânsito ou acréscimo em pontos de ônibus, se houver necessidade.
"Assim vamos preparando o Centro para uma nova configuração, com VLT e área de convivência", afirmou Sansão.
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