Deficientes físicos e visuais têm dificuldade de andar por vias de Belo Horizonte e acessar terminais de ônibus. Os obstáculos vão desde calçadas quebradas, estreitas e com árvores no caminho, até a falta de rampas em estações do transporte público.
O concurso Acessibilidade para Todos tenta encontrar soluções para requalificar os espaços na capital mineira. As inscrições podem ser feitas entre 19 e 27 de maio. Podem participar engenheiros, arquitetos e urbanistas.
Três lotes
Os projetos devem ser feitos em cima de três lotes.
O primeiro lote refere-se a trechos com declividade acentuada na Região Centro-Sul. Entre os trechos selecionados está o acesso a Associação Mineira de Reabilitação (AMR). Segundo o estudo feito na região, muitas pessoas seguem a pé para o local “em condições desfavoráveis de acessibilidade”.
“Pessoas com deficiência e mobilidade reduzida têm dificuldades que podem levar até mesmo a impedi-las de utilizar as calçadas e os ônibus nesse trecho. Entre as pessoas com mobilidade reduzida, as responsáveis por crianças com deficiência são, certamente, as que mais têm dificuldades nesse trecho”, afirma a autarquia.
No segundo lote, os projetos têm que apresentar soluções para as calçadas estreitas da Regional Noroeste. Na região os problemas acontecem devido à mistura de residências e comércios. Os pedestres ficam encurralados nos passeios da área que serve de corredor viário de ligação o Centro e a região Oeste da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com pontos de embarque/desembarque do transporte coletivo por ônibus onde operam linhas tanto municipais, quanto metropolitanas.
Já no terceiro lote se quer melhorar a acessibilidade da Estação Vilarinho. As principais reclamações dos usuários são as entradas do terminal, que são sem condições favoráveis para pessoas com dificuldade de locomoção e deficientes físicos. Os passageiros também se queixam do funcionamento inadequado de escadas rolantes e elevadores, localização das roletas, sinalização dos pontos/filas, e presença de ambulantes.
Os interessados devem criar projetos para facilitar a locomoção das pessoas, dentro dos três lotes pré-escolhidos. As ideias serão julgadas por um de cinco profissionais de Arquitetura e Urbanismo e/ou Engenharia. Os nomes serão indicados pela WRI Brasil Cidades Sustentáveis, BHTrans, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), pelo o Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU-MG) e o Departamento de Minas Gerais do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG), responsáveis pelo concurso.
Os vencedores de cada lote vão ganhar, como prêmio, uma viagem para a Cidade do México. Serão três noites incluídas com despesas com transporte terrestre e alimentação inclusa. Segundo a BHTrans, as propostas serão analisadas por técnicos da empresa para avaliar a viabilidade de sua implantação.
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