O perigo de transportar bicicletas elétricas em suportes de bikes comuns

Mais seguro é carregar as e-bikes na parte traseira do carro, em racks mais resistentes, apontou teste realizado pelo centro de tecnologia da Allianz, em Munique

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Fonte: Allianz  |  Autor: Mobilize Brasil/ Allianz*  |  Postado em: 10 de março de 2016

Mais seguro é por a e-bike atrás do carro, revela

Mais seguro levar a e-bike atrás do carro, revela teste

créditos: Divulgação

 

É cada vez maior o número de adeptos - no Brasil e no mundo - da bicicleta elétrica, uma solução de transporte saudável, ideal para quem quer viver numa cidade com menos poluição, barulho e trânsito.

 

Por ter autonomia de 30 ou 40 km, é comum que ciclistas se desloquem de carro até determinado ponto transportando sua e-bike. É neste momento que é preciso cuidado!  

 

Com peso médio de 20 kg, as bicicletas elétricas são muito mais pesadas do que as comuns. Isto se deve ao motor elétrico, à bateria e ao quadro reforçado. Levando em consideração essas características, o Centro de Tecnologia Allianz (AZT), em Munique, na Alemanha, realizou um crash test para demonstrar o perigo de transportar uma magrela elétrica em racks de teto ou naqueles presos na barra do reboque, todos preparados para suportar o peso de uma bike normal. Confira o vídeo a seguir: 

 

 

"Muitos ciclistas usam seus suportes de bicicletas comuns para transportar as bikes elétricas, sem levar em conta a questão do peso. Mas recentes testes da Allianz mostram como os equipamentos atingem rapidamente seus limites e podem colocar em perigo outros usuários mesmo em situações cotidianas de direção, como desviar, brecar ou dirigir sobre irregularidades no asfalto”, aponta Melanie Kreutner, engenheira de pesquisa do Centro de Tecnologia Allianz.

 

Racks presos na barra de reboque são mais adequados para carregar e-bikes, desde que a carga limite seja obedecida

 

Em teste realizado pelo AZT, três e-bikes, cada uma pesando 26,8 kg (incluindo as baterias), foram colocadas em um aparelho projetado para carregar três bicicletas de 15 kg, ou seja, um total de 45 kg. Desta forma, a montagem foi sobrecarregada em 35,4 kg. Assim, durante a simulação de uma manobra de desvio a 50 km/h, o carro ficou amassado e o farol traseiro foi quebrado pela bicicleta elétrica mais próxima da lataria; além disso, o suporte entortou a esfera do engate.  

 

Já durante a avaliação em que o veículo passou sobre lombadas, buracos e terra batida, o fecho que prendia a e-bike mais externa se soltou, deixando as rodas presas ao rack apenas pelas tiras. Depois de cada teste, o trajeto não pôde ser continuado por motivos de segurança, pois o risco de uma bicicleta elétrica ou do suporte inteiro se desprender do carro era muito alto. 

 

“Os testes realizados pelo Centro de Tecnologia Allianz concluíram que os suportes presos na barra de reboque são os mais adequados para transportar e-bikes, pois se estiverem presas em racks de teto, em caso de acidentes há o risco de se desprenderem e serem arremessadas”, ressalta Kreutner. 

 

A engenheira de pesquisa do AZT ainda recomenda que “é importante checar quanto cada barra do suporte pode carregar e não apenas a carga máxima do equipamento, porque se a montagem individual for sobrecarregada, se romperá e não conseguirá segurar a bicicleta elétrica no lugar”. 

 

O AZT ainda ressalta que é válido fazer paradas frequentes durante o trajeto para certificar de que todos os fechos continuam intactos.

 

Bikes elétricas em racks de teto

Duas bicicletas, cada uma pesando 24,5 kg, foram presas a dois racks de teto de estabilidade variável. Um deles, o mais robusto, é projetado para carregar uma bike de no máximo 20 kg, enquanto o outro suporta uma carga máxima de 15 kg. 

 

Em uma colisão de frente a cerca de 50 km/h, o suporte mais fraco foi incapaz de manter a bicicleta na posição inicial – os fechos se romperam e a ela foi lançada para frente. Já o mais robusto conseguiu manter a bike no lugar, porém, o rack inteiro, incluindo a bicicleta, se desprendeu do teto por conta do peso.

 

*Artigo de autoria da Allianz, reproduzido e editado, em parceria, pelo Mobilize


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