Há um mês do fim do contrato de concessão do serviço de bicicletas públicas de Porto Alegre, o Bike Poa, serão abertos nesta quinta-feira (25) as 14h30 na Secretaria Municipal da Fazenda, os envelopes de propostas do novo edital lançado em janeiro.
A data foi escolhida no dia Municipal do Ciclista e de incentivo ao uso da bicicleta.
A atual prestadora de serviço, a Serttel, opera provisoriamente desde 2012. Primeiro, com um contrato em caráter experimental, que terminaria em setembro do ano passado, quando seria feita a licitação definitiva. Como não houve interessados, o contrato foi prorrogado até o dia 21 de março.
Em razão desse contrato provisório, a Prefeitura diz que não pode exigir muito da empresa.
Agora será diferente. A vencedora será escolhida a partir de critérios técnicos que valerão pontos para quem oferecer o melhor serviço para cada item. O mínimo aceito, para cada item, é o que o atual sistema operante oferece.
Os itens técnicos a serem avaliados serão:
- Número de estações
- Número de bicicletas
- Oferta de wi-fi
- Disponibilização de cartão magnético pré-pago (hoje o sistema disponível libera a bicicleta apenas por mobile)
- Experiência das licitantes
- Número de bicicletas que opera (em outras cidades)
- Acessórios adicionais em cada bicicleta (fora os obrigatórios)
Para ampliar o interesse e garantir interessados, dessa vez a Prefeitura não vai estipular um valor mínimo para a proposta de patrocínio – é o que se chama outorga financeira. Atualmente, o banco Itaú financia as bikes, que podem ser alugadas por R$ 5 para 24 horas ou R$ 10 pelo direito de uso durante todo um mês.
O edital é de caráter internacional. Segundo a Gerente de Operações da EPTC, Alessandra Both, o novo critério ajudará na procura das licitantes.
O novo contrato terá duração de cinco anos.
SERVIÇO PODE SER INTERROMPIDO
A partir da assinatura do contrato a empresa vencedora terá até 120 dias (4 meses) para começar a operar. O contrato da atual concessionária, Serttel, vai até o final de março, mas ela poderá optar por seguir operando até que a nova empresa inicie a prestação efetiva do serviço.
Neste caso, a transição pode interromper o serviço por alguns dias já que há colocação e retirada de um equipamento para o outro.
Porém a Serttel pode também optar por não continuar operando após o término do contrato, o que pararia o serviço por mais tempo.
Outro problema da transição é o cadastro dos atuais usuários, que pode não ser reaproveitado pelo novo concessionário. Neste caso, seria preciso começar do zero.
ATUAL SISTEMA OPERA EM MENOR NÚMERO
O Bike Poa hoje atua com um número menor do que o previsto para bicicletas (400) e estações (40). Segundo a Prefeitura, a redução da disponibilidade do serviço se deve a furtos e bicicletas quebradas ou com defeitos.
Somente no mês de fevereiro a Serttel já colocou mais 110 bicicletas novas para repor esse déficit e na próxima quinta deve colocar mais 90 somando em torno de 300 bicicletas disponíveis. Atualmente 9 estações estão fechadas, 7 decorrentes dos vandalismo e duas de obras nas próprias estações.
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