Estudo de universidade canadense mostrou que as ciclistas, proporcionalmente, sofrem menos acidentes do que os homens. Comportamento nas vias é fator mais importante do que usar capacete, por exemplo

Pesquisadores da Universidade da British Columbia, no Canadá, analisaram dados de acidentes de bicicleta no país e concluíram que ser mulher é um fator mais importante para a segurança do ciclista do que, por exemplo, usar capacete.

Eles analisaram dados de hospitalizações de ciclistas com 12 anos ou mais entre 2006 e 2011 no Canadá.

Veja as principais descobertas dos cientistas:

- Relativamente, mulheres ciclistas se acidentam menos e com menor gravidade do que homens ciclistas.

- O uso de capacete é maior em áreas em que esse uso é obrigatório por lei. 

- No entanto, cidades em que leis impõem uso obrigatório de capacete não têm menos acidentes ou menos tempo de hospitalização do ciclista acidentado do que áreas em que o capacete não é obrigatório. 

- Áreas em que a bicicleta tem uma parcela maior de uso como veículo modal têm taxas menores de hospitalização. Ou seja: cidades com mais ciclistas são ambientes mais seguros para os ciclistas.

- A maioria dos ciclistas acidentados é homem - cerca de 80%. De fato, a maioria dos ciclistas canadenses, de maneira geral, é homem (67%). Mas a proporção em relação aos acidentes não é a mesma.

Outros estudos

A informação de que homens se acidentam mais do que mulheres, ainda que de bicicleta, segue a conclusão de outros estudos que demonstram que homens morrem mais em acidentes de carros do que mulheres.

Os pesquisadores citam dados de estudos que mostram que homens têm duas vezes mais chances de se arriscar do que as mulheres - e que isso pode explicar por que as ciclistas estão mais seguras pedalando nas ruas.

O estudo sobre os ciclistas conclui que estas medidas abaixo estão relacionadas com menos acidentes e tempo menor de hospitalização.

Políticas públicas seguras para ciclistas:

- Aumentar a porcentagem de cidadãos que usa a bicicleta como meio de transporte. 

- Estrutura viária que leve em conta os usuários de bicicleta, incluindo não só a construção de ciclovia separadas, em ruas mais calmas, mas limitação de velocidade para carros em vias com ciclistas, por exemplo.

- Campanhas que incentivem nos ciclistas em geral os comportamentos e preferências adotados pelas ciclistas mulheres.

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