Internautas relatam superlotação no metrô de SP e veem falta de educação dos usuários

A queixa mais comum é a falta de educação dos usuários. Veja abaixo alguns relatos:

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 |  Autor: UOL  |  Postado em: 09 de novembro de 2011

Ricardo Nascimento, 31, precisa esperar

Ricardo Nascimento, 31, precisa esperar

créditos: Rodrigo Paiva/UOL

Após a série de reportagens do UOL Notícias sobre os problemas do metrô de São Paulo, muitos internautas enviaram mensagens relatando problemas rotineiros nas linhas.

 

Trens lotados e falta de educação


“Atualmente utilizo o metrô de São Paulo cerca de três vezes na semana para trajetos curtos. O que é suficiente para tirar a paciência de qualquer um. Em que pese a maior oferta de trens, linhas e estações, observo que ao longo dos anos o metrô de São Paulo está operando acima da sua capacidade, com os vagões exageradamente lotados e o pior repleto de pessoas mal-educadas.


Não existe mais respeito pelo assento reservado para pessoas idosas, portadoras de deficientes, gestantes, pessoas com crianças de colo e ainda pessoas acima do peso. Não existe mais respeito com os demais usuários e o abarrotamento dos trens leva algumas pessoas depredarem os trens (chutando-os) durante a espera da próxima composição mais vazia, como já presenciei há cerca de quatro meses na estação Sé.


No início deste ano presenciei troca de socos e pontapés entre dois usuários, um que estava entrando e outro que estava saindo do vagão, na estação Ana Rosa. A situação foi tão absurda que praticamente sobrou socos e pontapés para os demais usuários na plataforma."


Internauta: Juliana Fernandes Altieri Vidal Madureira


Assento preferencial subutilizado


“Diariamente embarco no Jabaquara por volta das 7h10 e desço na Armênia. No fim do dia, por volta das 17h25, embarco no Tietê e desço no Jabaquara.


Assentos especiais: é interessante ver como os próprios portadores de necessidades especiais não fazem uso dos assentos para eles concebidos. Não fazem. Tem idoso, gestante fazendo uso de bancos marrons enquanto há assentos azuis vagos para eles. Eu não me sento em assento azul a menos que o vagão esteja vazio, mas me pergunto qual é o nível de conscientização dos usuários. Os que mais fazem uso de assentos especiais são os que têm alguma deficiência física, isso é notável. Mas gestantes, idosos, não fazem.


Aparelhos de sons: me pergunto como pode às 7h da manhã alguém ter estômago para ouvir bateria. Ok, gosto é gosto. Nem todo mundo precisa apreciar música clássica. Mas o desrespeito ao vizinho de fato é notável. Pedir para baixar o som? Não, não me arrisco a ouvir desaforo logo nas primeiras horas do dia. Então, aprendi a ficar na minha e ignorar o gosto alheio."


Internauta: Margareth Rautmann Cesarino, 45


Superlotação em todas as linhas


“Sou moradora de Artur Alvim (linha vermelha) e trabalho no Aeroporto de Congonhas das 5h30 às 13h30. Escolhi esse horário por ser o menos pior, pois qualquer outro horário já teria enlouquecido por causa das condições do transporte e da falta de educação do ser humano.


Acredito que a ignorância das pessoas supera a má qualidade do metrô e dos coletivos. A superlotação é encontrada em qualquer horário. Às vezes às 4h20 vou em pé no ônibus e às 5h já pego metrô lotado na estação Belém.


Infelizmente as condições não são das melhores e ainda ter que aguentar a falta de educação das pessoas. Não é a toa que eu e todas as pessoas estão cada dia mais intolerantes. Nos cansamos mais no trajeto do que no próprio trabalho.”


Internauta: Andreia Romero


Metrô ainda é a melhor opção


“A respeito da matéria que trata sobre a qualidade dos serviços do metrô, gostaria de adicionar a minha impressão: eu adoraria ter este problema.


Moro próximo à estação Butantã do metrô, mas não o suficiente para utilizá-lo. Teria de percorrer o trecho da Raposo Tavares entre a avenida Escola Politécnica e a estação. Utilizar transporte coletivo até lá é inviável por dois motivos: trânsito caótico e segurança (caminhar da entrada do Parque dos Príncipes até o ponto de ônibus, que fica do outro lado da Raposo, é muito perigoso, deserto e sem policiamento).


Uma alternativa seria a utilização de automóvel até o Butantã e de lá vir de metrô até a estação Paulista, onde trabalho. Também é inviável, por conta do trânsito e dos preços dos estacionamentos na região. A solução que encontrei foi comprar uma motocicleta e fazer o trajeto até a Paulista logo de uma vez, pagando estacionamento bem mais barato.
Se eu dispusesse de estação do metrô mais próximo à minha residência ou se o acesso à estação Butantã fosse mais fácil e, ainda, se houvesse segurança para transitar na região da avenida Escola Politécnica, certamente eu utilizaria o metrô.
Observa-se que recentemente houve aumento significativo na quantidade de motocicletas circulando nas ruas da cidade.

Por quê? Pela ineficiência e precariedade do transporte público. Observa-se, também, o aumento da quantidade de mulheres pilotando motos. Por quê? Talvez pelo assédio, complementando a ineficiência do transporte.


Apesar de todos os problemas, o metrô ainda é infinitamente melhor que os demais modais de transporte.”


Internauta: Eduardo


Alguns preferem ônibus


“Fiquei feliz ao saber que não é apenas a minha visão sobre o serviço e o uso do metrô. As pessoas não tem noção a cada dia que passa está pior. O que era apenas na linha vermelha que se ouvia esses comentários. Hoje é generalizado. O usuário do metrô de SP precisa de uma campanha de conscientização. Ninguém pede licença, e quando pedem não lhe é dado.


As pessoas acham normal se amassarem dentro de um vagão. A linha amarela é ótima, mas a pior estação é a Paulista. Não tem acesso viável para as pessoas se locomoverem, é um bate-bate generalizado, mesmo com o pessoal auxiliando, falando muitas vezes com megafone. A melhor estação é a Pinheiros.


Deixei de usar o metrô agora só de ônibus que, mesmo sendo mais devagar, vou sentada, ninguém esbarra em mim e chego sem estresse no trabalho.”


Internauta: Zelinda Cristina


Confusão em dia de jogo


“Em dia de jogo no estádio do Pacaembu, o próprio Metrô dificulta. Se quiserem podem comprovar em um dia que tenha jogo à noite. Eles deixam somente um acesso da avenida Dr. Arnaldo aberto para as pessoas que estão saindo do jogo e fecham dois dos três acessos, dificultando para quem sai do estádio e faltando com respeito para quem está voltando do trabalho.


Mandei um e-mail perguntando o porquê e eles disseram que é para segurança das pessoas, pois caso tenha algum tumulto, as pessoas não corram para o meio da avenida. Mas aí que surge a dúvida: se eles alegam que é para a segurança das pessoas, não seria mais seguro deixar aberto outros acessos para distribuir o fluxo de pessoas?


Ainda disseram que é para melhor controle dos seguranças, mas nesses acessos que eles fecham eles poderiam deixar abertos e os seguranças que ficam atrás das catracas (que são mais de 10) poderiam controlar a segurança dos acessos que eles fecham. Comprovem em um dia de jogo no Pacaembu. Forma-se uma fila imensa na calçada do Cemitério do Araçá e do outro lado da avenida fica vazio. É fato.”


Internauta: Felix de Almeida Rita
 

Comentários

Felipe Sabbag - 10 de Novembro de 2011 às 12:24 Positivo 0 Negativo 0

Gravei esse vídeo para medir o risco que existe todos os dias no Metrô Sé em São Paulo. Não precisaram muitos instrumentos de medida para chegar a um fator de risco evidente todos os dias. http://bambuser.com/channel/felipebj/broadcast/1956404

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