Em funcionamento desde sábado, a ciclofaixa permanente de 3,3 km criada em Moema, na zona sul de São Paulo, está no quarto dia de funcionamento, ainda em fase de testes, mas já cria resistência por parte de moradores e comerciantes do bairro. De acordo com a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Moema (Amam), Rosângela Lurbe, de 55 anos, há 'uma grande possibilidade' de a entidade entrar com uma ação judicial para a retirada da ciclovia.
'Queremos que a ciclofaixa e a Zona Azul sejam retiradas e se comece tudo do zero, dessa vez com a participação dos moradores, comerciantes e ciclistas moemenses', diz Rosângela. A entidade pediu à Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual uma reunião com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) antes que qualquer medida seja tomada. Segunda Rosângela, o último encontro entre a associação e a CET ocorreu há dez dias. A associação alega que foi apenas informada sobre a instalação da faixa.
Um dos argumentos para retirar a ciclofaixa permanente - a primeira de São Paulo - é a quantidade de ciclistas que a utilizam. Entre as 11h20 e as 14h20 de ontem, a reportagem contou sete ciclistas na nova via. Apesar do número aparentemente pequeno, o consultor em Engenharia de Tráfego Horácio Augusto Figueira aponta que ainda é cedo para avaliar.
Questionada, a CET informou em nota que seus técnicos vão fazer pesquisas com motoristas e ciclistas e que levará em conta os resultados para futuros ajustes. A companhia disse que se reuniu diversas vezes com a Amam e que um novo encontro está marcado para o dia 28.