Anunciado para o dia 14 deste mês, o lançamento do edital de licitação para as obras do VLT foi adiado. Segundo a assessoria de comunicação da Casa Civil do Estado, foi preciso fazer alguns ajustes técnicos e, por isso, o prazo foi estendido.
Em entrevista ao A TARDE no início do mês, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, disse que, após a licitação, as obras iniciariam em cerca de 90 dias.
Projeto
O projeto prevê a reforma e construção da linha permanente, das paradas, implantação dos sistemas de eletricidade e comunicação e a urbanização da faixa de domínio (margem do trajeto).
O percurso será ampliado - passará a ser entre o Comércio e a Av. São Luís, em Paripe - de 13,5 km para 18,4 km e, posteriormente, para 19,9 km, quando o veículo for até a Estação da Lapa.
Segundo Dauster, na área limítrofe do sistema serão construídas calçadas e vias para ciclistas. As estações também serão reformadas e os prédios serão utilizados para a oferta de serviços à população.
O coordenador de Operações da CTB, Al Mello, adiantou que existe o projeto de implantar um Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) na estação da Calçada. "Com isso, fazemos a chamada solução 'não transporte'. O cidadão não precisará mais se deslocar para o centro da cidade para fazer documentos", diz.
Controvérsia
O coordenador-geral do movimento Ver de Trem, Gilson Vieira, contesta a forma como o projeto do VLT foi executado. "Esta reforma poderia ser feita de forma sustentável e paulatina, sem que fosse preciso parar o sistema", disse.
Ele lembrou que o atual passou por reforma recentemente, em 2012, e que a manutenção deveria ter sido melhor aproveitada. Gilson diz que está agendando uma audiência com a Defensoria Pública do Estado para discutir o caso, no dia 1º de outubro.
Leia também:
VLT vai substituir trens de subúrbio em Salvador, anuncia secretário
Em Salvador, carros respondem por 74% das emissões de gás de efeito estufa
Brasil registra queda no número de passageiros de ônibus