No Amazonas, 'Calçada Legal' inicia em setembro ações de conscientização

Projeto quer incentivar que calçadas sejam mantidas e livres para os pedestres. Iniciativas da Rede Amazônica contam com apoio do Implurb, Crea e CAU

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Fonte: G1  |  Autor: G1 AM  |  Postado em: 19 de agosto de 2015

Pedestres enfretam dificuldades para caminhar

Via sem espaço para caminhar em Manaus

créditos: G1 MA

 

A partir de setembro, a Rede Amazônica iniciará as ações de conscientização da população sobre os direitos e deveres em relação às calçadas públicas. Trata-se do projeto "Calçada Legal", que reúne uma série de iniciativas para propagação das normas que tratam das calçadas, das fragilidades existentes em Manaus e mudanças que podem provocar melhorias na acessibilidade.

 

Participam do projeto o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), Conselho Regional de Engenheira e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU-AM).

 

Na manhã desta terça-feira (18), o comitê composto pelos representantes das entidades e da Rede Amazônica se reuniu para definir estratégias, além definir o cronograma de atividades do projeto.

 

A previsão é que, a partir de setembro, seja iniciada a veiculação dos vídeos da campanha. O objetivo do projeto é fazer com que a população se conscientize e, a partir disso, tome medidas para ajustar suas calçadas à legislação.

 

Levantamento

Manaus apresentam fragilidades e irregularidades em calçadas em várias áreas da cidade. Em 2012, seis das principais avenidas da capital estão entre as piores do país para o trânsito de pedestres, segundo um levantamento elaborado pelo portal Mobilize Brasil.

 

O presidente do Implurb, Roberto Moita, ressaltou que as não conformidades das calçadas estão presentes em toda a capital e que é preciso conscientizar a população sobre as obrigações de atendimento as normas vigentes. A largura mídia de uma calçada é de um metro e meio. Porém, há locais da capital as calçadas são totalmente ou parcialmente ocupadas por edificações irregulares.

 

"A cultura do desrespeito e a apropriação do passeio público é endêmica e consolidada. Grandes empresas obstruem as calçadas com produtos. Percebemos isso em várias da cidade. Temos desenvolvido ações de enfrentamento do problema, mas um engajamento coletivo é necessário para romper esse desrespeito e essa é nossa missão", comentou Moita.

 

O diretor e conselheiro do Crea-AM, Marco Aurélio, também destacou a existência generalizada da ocupação ilegal das calçadas em Manaus. "Esse é um problema da cidade inteira. O problema acontece, inclusive, nas áreas mais nobres de Manaus. Manaus é uma cidade carente de calçadas e onde existem calçadas elas são problemáticas levando o pedestre a caminhar pelas ruas. Esse projeto da Rede Amazônica, no meu ponto de vista, é uma iniciativa espetacular", avaliou Marco Aurélio.  

 

Para o presidente do CAU-AM, Jaime Kuck, os arquitetos têm um papel fundamental no processo de promoção da acessibilidade ao elaborarem projetos que contemplem as calçadas. "Acreditamos que é possível criar na população uma cultura urbana que valorize o espaço público e o projeto urbano, que torne a cidade com mais acessibilidade para as pessoas que tem deficiência e que em função disso se retraem", afirmou.

 

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