"Brasileiro não foi educado para diminuir velocidade"

Publicitário Washington Olivetto, entrevistado pela Folha de S. Paulo, defendeu medidas como a redução dos limites de velocidade nas marginais, as ciclovias e o Uber

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Fonte: Folha de S.Paulo/ Cotidiano*  |  Autor: Juliana Gragnani  |  Postado em: 18 de agosto de 2015

As pessoas ainda vão se adaptar à redução, diz Oli

As pessoas ainda vão se adaptar à redução, diz Olivetto

créditos: Jairo Goldflus/ Divulgação

 

A edição de hoje (18) do jornal Folha de S. Paulo traz uma entrevista com o publicitário Washington Olivetto, da agência de publicidade WMcCann, que discutiu várias medidas recentes de mobilidade urbana, principalmente as que têm gerado polêmica entre a população na cidade de São Paulo: redução dos limites de velocidade nas marginais, ciclovias e Uber... 

 

Em relação a todas elas, Olivetto se posicionou claramente a favor das políticas de mobilidade da atual gestão. Defendeu a redução das velocidades máximas nas vias da cidade, declarou as ciclovias "um sucesso" e classificou o serviço de transporte particular Uber, que diz ter gostado logo de início, como algo "irreversível".  

 

Há anos sem dirigir, trabalho que delegou a um motorista, o paulistano Olivetto observa da janela de trás do carro as mudanças na cidade. E conclui: "O brasileiro e o paulista não foram educados para limites de velocidade". Para ele, a longo prazo as pessoas vão se adaptar à redução imposta pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

 

Leia a seguir trechos da entrevista concedida à jornalista Juliana Gragnani:

 

Percebeu alguma diferença nas marginais?

Curiosamente, muita gente não gosta e critica. O brasileiro e o paulista não foram educados para limites de velocidade. E muito menos para baixos limites de velocidade. É muito normal, por exemplo, em cidades norte-americanas, você ter desde limite de 50 milhas por hora (o equivalente a 80 km/h), de 30 milhas (48 km/h) e até de 15 milhas (24 km/h). É muito pouquinho. E esses limites são tradicionais, as pessoas estão habituadas. Aqui, nós não tínhamos essa disciplina. A longo prazo, as pessoas vão se adaptar.

 

Qual é a sua avaliação das ciclovias na cidade?

São um sucesso. Eu, particularmente, gosto muito de bicicleta. São Paulo não é uma grande cidade para ciclistas, porque tem ladeiras. Mas percebo principalmente que a Paulista é um sucesso e que muitas pessoas já estão reivindicando o fechamento da Paulista aos domingos (Olivetto se diz simpático à ideia).

 

O sr. anda de bicicleta?

Muito raramente, mais quando passo meus finais de semana no Rio. Tenho um apartamento lá, que é uma cidade plana, aí eu ando mais.

 

Nunca experimentou a ciclovia em São Paulo?

Muito pouquinho, só experimentei. Mas eu observo muito.

 

Acompanha a discussão entre os taxistas e o Uber?

Eu acompanho o Uber desde o início. Acho que fui um dos primeiros usuários de Uber em Nova York, indo trabalhar. Em princípio, gostei do Uber e ponto. Nova York é uma cidade que tem uma enorme fartura de táxis e, em alguns momentos, uma enorme falta de táxis, como em dias de chuva e dias de neve. E o Uber veio para resolver esse problema muito bem. É muito confortável e muito prático. Tem a coisa de a nota já ser debitada no seu cartão de crédito. (...) É um serviço irreversível.

 

Para ler a entrevista da FSP na íntegra, acesse aqui a página do jornal no portal Uol 


* Editado pelo Mobilize


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