O Brasil será o primeiro país da América Latina e o quarto do mundo a realizar uma experiência com energia solar para abastecer uma estação de metrô. O projeto piloto está em desenvolvimento pela Companhia Metropolitana de Brasília, o Metrô DF.
Até o final de setembro, a estação Guariroba, localizada em Ceilândia, contará com um sistema de placas fotovoltaicas e baterias. A estrutura gerará energia elétrica, que será suficiente para suprir as atividades diárias do espaço.
O projeto será testado por três meses, a partir de setembro. Conforme o presidente do Metrô DF, Marcelo Dourado, o intuito, depois, é ampliar o modelo. “A nossa ideia é expandir. Nós temos 17 estações nas quais podemos utilizar a energia solar. A conta de energia do Metrô é muito alta, queremos economizar". "Também queremos mostrar que é possível economizar de forma sustentável”, diz.
Dourado também reforça que o exemplo poderá ser replicado por outros órgãos públicos e espaços privados. “Essa tecnologia pode ser utilizada no setor público e privado, inclusive em casas. Hoje, a captação de energia solar por meio de placas fotovoltaicas é uma realidade em diversos países do mundo. E temos muito potencial para aplicar aqui.”
Além de gerar energia para abastecer a estação de metrô, o excedente poderá ser armazenado e comercializado, informou.
A estimativa da Companhia Metropolitana de Brasília é que a economia chegue a R$ 15 mil por mês por estação que adotar a geração de energia por vem do sol.
O projeto piloto é uma parceria do Metrô DF com uma empresa chinesa, e a proposta é que não onere os cofres públicos. No mundo, esse modelo é utilizado no metrô de Milão (Itália), Nova York (EUA) e Nova Délhi (Índia).
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