Em coletiva de imprensa nesta manhã (8), o secretário Municipal de Transportes Jilmar Tatto apresentou dados e planos para a redução da velocidade do tráfego nas principais vias de São Paulo.
Com a baixa da velocidade, a prefeitura espera principalmente reduzir o número e a gravidade dos acidentes na capital paulista. Apenas nas avenidas Marginais foram 1.180 acidentes em 2014, com 1.399 pessoas feridas e 73 mortos, segundo o relatório.
Secundariamente, o plano também prevê que a redução de velocidade possa melhorar o trânsito nas vias, em função da menor distância de seguimento necessária para veículos em velocidades mais baixas, com a consequente queda na ocupação dos espaços nas pistas.
A proposta tem sido criticada por engenheiros de trânsito, mas responde exatamente à tendência mundial de acalmar o tráfego nas cidades, por uma razão óbvia: a 40 km/h, as chances de um motorista conseguir frear e evitar um acidente são muito maiores do que a 60 ou 80 km/h. E em caso de atropelamentos, a velocidade mais baixa reduz muito o potencial de ferimentos ou mortes.
Mortes no trânsito
Vale reiterar: apenas em 2014, nas avenidas marginais de São Paulo ocorreram 1.180 acidentes, com 1.399 pessoas feridas e 73 mortes. Sobre esse tema é possível consultar os dados da OMS, que indicam uma taxa de 22,6 mortes por cem mil habitantes aqui no Brasil, acima do índice da Austrália (6,1) ou da Argentina (12,6), e bem acima do índice da Dinamarca e Alemanha (4,7).
A medida entrará em vigor no dia 20 de julho, mas os motoristas serão orientados por faixas e agentes de tráfego nas avenidas que passarão pela mudança, afrimou Tatto na coletiva.
Clique e veja a apresentação do plano, com suas justificativas técnicas.
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