A cada 16 horas em cima da bike, 24 horas a menos dentro da prisão. Essa é a matemática do projeto Uma Luz para a Liberdade, implantado no Presídio de Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais.
A ideia foi do juiz José Henrique Mallmann, que ao ver na internet uma academia de ginástica que usava a energia cinética – isto é, de movimento – produzida pelos clientes para fazer os equipamentos elétricos funcionarem, quis trazer a iniciativa para dentro da prisão de Santa Rita do Sapucaí. “Afinal, a saúde do preso é responsabilidade do Estado”, disse em entrevista ao Jornal do Brasil.
Quatro bicicletas que estavam paradas na delegacia da cidade foram instaladas no pátio do presídio, para viabilizar o projeto. Os presos podem pedalá-las, em revezamento, das 8h às 17h. Os minutos que passam em cima da magrela são, então, contabilizados pelos guardas e garantem redução de pena para os detentos.
E a energia produzida pelas pedaladas? Fica armazenada em uma bateria e é usada, todas as noites, para iluminar uma das principais praças da cidade. Assim, os presos podem se exercitar na prisão, ‘matar o tempo’ e, de quebra, ajudar a comunidade. Curtiu?
Segundo Mallmann, a iniciativa está fazendo sucesso – dentro e fora do Brasil. Até autoridades da China já entraram em contato para conhecer o projeto e, quem sabe, reproduzi-lo do outro lado do mundo. Já pensou se a ideia pega?
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