Depois de mais de um ano esperando a aprovação de uma verba de R$ 1,5 milhão para financiar estudo de implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT), a Prefeitura conseguiu esta semana viabilizar o recurso junto ao Ministério das Cidades. Com isso, informou o prefeito Jonas Donizette (PSB), a licitação para contratar a empresa que fará o estudo deverá ser publicada no próximo mês. Mas o foco do estudo não será mais apenas o VLT. O Ministério das Cidades quer algo mais abrangente — um estudo que avalie qual modal de transporte será mais viável econômica e tecnicamente para ligar o Centro de Campinas ao Aeroporto Internacional de Viracopos.
“Poderemos até concluir que o VLT é a melhor opção, mas o estudo vai avaliar opções como BRTs, VLT, veículo leve sobre pneu (VLP), monotrilho, enfim, uma gama grande de modais”, disse o secretário de Transportes, José Barreiro. O aval para a licitação está na dependência da Caixa Econômica Federal, que analisa as alterações pedidas no termo de referência da concorrência. O secretário de Administração, Sílvio Bernardim, informou que as alterações já foram feitas. Barreiro informou que encaminha o termo na segunda-feira ao órgão financiador.
“Pode ser que o estudo aponte maior viabilidade em outro tipo de modal, mas nossa intenção é poder contar com um leque de opções para definir por aquela que for a mais viável técnica e economicamente. O estudo apontará estimativa de custo de implantação e melhores alternativas de trajetos. A intenção é aproveitar os leitos ferroviários desativados que cortam a cidade e também as vias urbanas. Quem vencer a licitação terá 90 dias para entregar o estudo".
A partir dos estudos prontos, a Prefeitura preparará a contratação dos projetos básicos, executivo e obras. A Administração não tem, ainda, a fonte de financiamento para implantar um novo sistema de transporte ligando o Centro ao aeroporto, mas irá buscar os recursos junto ao Ministério das Cidades, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. O custo da implantação só será possível definir quando esses projetos estiverem prontos. Se a opção for pelo VLT, incluindo obras, material rodante e tudo o que é necessário para funcionar, o investimento gira em torno de R$ 80 milhões por quilômetro. Não há prazo para a implantação.
Trajetos
A empresa que será contratada para fazer o estudo de viabilidade de implantação de um novo modal terá a incumbência de, além do eixo Centro-Viracopos, que é prioritário, avaliar também o eixo Centro-Barão Geraldo, Centro-Sousas e um circuito rotatório passando pelo Centro expandido e interligando com os futuros eixos dos BRTs, os ônibus rápidos previstos para circular em dois corredores exclusivos nos eixos Campo Grande e Ouro Verde
A possibilidade de substituir o VLT pelo monotrilho — um trem menor que um metrô e que corre sobre vigas de concreto a 15 metros do chão — passou a ser estudada pela Administração por ser economicamente mais viável. A proposta também exige menor gasto com desapropriações.
Leia também: