Deficientes reclamam de falta de acessibilidade em cidades de Goiás

Problemas são constatados em calçadas, banheiros e até universidades, cadeirantes afirmam que se sentem tolhidos do direito de ir e vir

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Fonte: G1  |  Autor: G1 GO  |  Postado em: 22 de maio de 2015

Rampa com grande inclinação prejudica cadeirantes

Rampa com grande inclinação prejudica cadeirantes

créditos: Reprodução

 

Pessoas com deficiências físicas reclamam da falta de acessibilidade em várias cidades de Goiás. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado tem 376 mil pessoas com deficiência motora. Eles enfrentam, diariamente, problemas em ruas e calçadas, nos ônibus de transporte coletivo, em banheiros públicos, rodoviárias e até em universidades.

 

Uma das situações mais complicadas para cadeirantes, por exemplo, é o tráfego em calçadas em péssimas situações e com obstáculos. “Essa questão da calçada, do rebaixamento da calçada, é um ponto realmente marcante e de grande dificuldade para o pessoal com deficiência, onde realmente ele tem tolhido todo o seu direito de ir e vir”, destaca o vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Goiás (Adfego), André Jonas.

 

Anápolis

Morador de Anápolis, a 55 km de Goiânia, o cadeirante Jailton Ferreira aponta problemas também com a conduta de motoristas. “A maior dificuldade é o desrespeito dos motoristas. Não param nas faixas para a gente atravessar, a gente está sinalizando e eles não param, e estacionam nas esquinas onde existem as rampas”, diz.

 

Ele também reclama da pouca quantidade de rampas. “As rampas já são poucas, não são todas as esquinas que têm e nas que têm geralmente tem carro parado atrapalhando. Falta educação, fiscalização, falta punição”.

 

A Prefeitura de Anápolis garante que a construção das novas rampas vai ocorrer nos próximos meses.

 

Cidade Ocidental

A falta de acessibilidade também ocorre em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. O cadeirante Silvio de Sousa conta que com frequência precisa se arriscar para poder se locomover pela cidade. Daniel Lima, que também usa cadeira de rodas, denuncia outro problema: “Às vezes a gente deixa de ir ao banheiro, tem que correr para casa, devido a falta de acessibilidade nos banheiros em órgãos públicos, comércios”, diz.

 

Procurada pela reportagem da TV Anhanguera, a Prefeitura de Cidade Ocidental afirmou que um levantamento é feito para identificar os locais que necessitam de rampas.

 

Porangatu

Em Porangatu, no norte do estado, os acadêmicos com deficiência não conseguem ter acesso às salas da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Uma rampa começou a ser construída no local, mas a obra não foi concluída.

 

A Agência de Obras do Estado (Agetop) não soube informar de quem é a responsabilidade pela construção da estrutura.

A universidade informou, por meio de nota, que está em processo de rescisão do contrato com a empresa que, segundo a instituição, descumpriu os prazos. “Após rescindir o contrato, a UEG abrirá novo processo de licitação para que outra empresa seja contratada e conclua as obras”, diz o comunidade.

 

Rio Verde

Já na rodoviária de Rio Verde, no sudoeste do estado, os passageiros com deficiência não conseguem comprar as passagens nos guichês, localizados no segundo piso do prédio. Apesar de haver um elevador no local, o equipamento está inoperante. Segundo a prefeitura do município, o elevador será consertado até segunda-feira (25).

 

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