Os pedestres têm 13 segundos para atravessar a Rua Geraldo Ataliba, no Itaim, na Zona Sul de São Paulo. O semáforo de pedestres foi reprogramado e está em testes, já que 20 pessoas são atropeladas por dia na capital. A Prefeitura quer reduzir essa estatística.
No cruzamento da Avenida Atlântica com a Rua Professor Papini, na Cidade Dutra, na Zona Sul, o verde para os pedestres fica aberto bastante tempo, mas quando o vermelho começa a piscar, começa a corrida. São apenas quatro segundos para percorrer 13 metros de faixa. Depois disso, o sinal fica vermelho de vez e os carros seguem adiante.
Na Avenida Senador Teotônio Vilela, próxima ao Terminal Varginha, na Zona Sul, a situação é ainda mais complicada, porque a faixa de pedestre tem 15 metros de extensão. Se alguém começa a fazer a travessia enquanto o sinal está verde e, de repente, o vermelho começa a piscar, só tem quatro segundos para terminar de atravessar.
"Os motoristas não esperam, eles vão embora. Abriu o sinal, eles vão, não têm respeito", afirma a pedagoga Klailce Santana.
Uma alternativa para tentar resolver esse problema está em testes no cruzamento da Avenida Juscelino Kubitschek com a Rua Geraldo Ataliba. No momento em que os carros param, o semáforo para o pedestre fica verde. Quando o vermelho começa a piscar, as pessoas têm oito segundos para atravessar a faixa, praticamente o dobro do tempo em que o farol verde fica aberto.
No momento em que o pedestre pisa na faixa e o vermelho começa a piscar, ele tem tempo suficiente para fazer a travessia com certa tranquilidade. O problema, no entanto, é que os pedestres não foram avisados da mudança. “Acelerei o passo, quando, na verdade, era para fazer o contrário”, diz o projetista Rafael Feitosa.
Experimento
A ideia é que todo mundo só ponha o pé na faixa quando o semáforo estiver verde, exatamente como é hoje. A diferença é que, se o vermelho começar a piscar antes de o pedestre chegar do outro lado, não precisa sair correndo, porque dará tempo de completar a travessia. São cinco segundos de verde e oito de vermelho piscando.
Números
Não há região na cidade que concentre os casos de atropelamento. As vias da cidade com maior número de pedestres mortos no 1º semestre de 2011 foram:
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