Quem caminha, pedala ou circula de ônibus fica perdido no labirinto de ruas e linhas que fazem a dinâmica das cidades. Veja como melhorar esse jogo no relatório da campanha Sinalize!
Vamos começar com algumas situações do dia a dia:
1. Você chega à parada de ônibus e descobre que a sua linha não para nesse ponto, mas em outro, distante cerca de 300 metros.
2. Você chega ao ponto, mas ninguém sabe informar se (e quando) o tal ônibus passa por ali.
3. O ônibus chegou, mas o motorista não sabe indicar em qual ponto você deve descer.
4. Você vai de metrô (ou trem), mas na porta da estação não há nenhum mapa ou placa que indique onde fica o centro de exposições que você procura.
5. Finalmente você encontrou o local, mas precisa atravessar uma avenida de oito pistas e não há faixa de segurança, nem sinal para pedestres.
6. Você pegou uma bicicleta para ir à tal feira: segue as placas de trânsito, enfrenta uma enorme ladeira e, ao final, descobre que fez o caminho errado.
Certamente, você já passou por alguma situação parecida em qualquer grande cidade do Brasil, a julgar pelos resultados da Campanha Sinalize!, publicados ontem (23) em um amplo relatório sobre o assunto. De forma geral, todas as capitais avaliadas obtiveram notas baixas, que indicam a carência, às vezes total, de sinalização voltada a pedestres, ciclistas e usuários de transportes públicos.
Mas, além de apontar problemas, o documento traz bons exemplos de sinalização em cidades - brasileiras e mundiais -, com fotos, desenhos e textos explicativos. Também contém informações sobre leis e normas, além de dicas sobre os canais de contato nas prefeituras para reclamar sobre falhas ou defeitos nos sistemas de sinais.