Testar obras antes é essencial para qualidade, alerta África do Sul

Com a confirmação do recebimento dos jogos da Copa das Confederações, Fortaleza terá oportunidade de realizar testes decisivos sobre os projetos de mobilidade

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 |  Autor: O Povo  |  Postado em: 21 de outubro de 2011

O Metrofor em testes de funcionamento

O Metrofor em testes de funcionamento

créditos: IANA SOARES

Agora é definitivo, Fortaleza receberá jogos da Copa das Confederações, em 2013. Os projetos de mobilidade urbana têm 19 meses para um importante teste sobre a maneira como os visitantes e equipes serão recebidas e como se locomoverão.


Corredores de ônibus, VLT, vias ampliadas, viadutos, metrô, integração e informação estão na lista de projetos para a cidade a médio e a longo prazo.


Para discutir os impactos de grandes eventos na mobilidade urbana, Luzanda Makidizela, diretora de mobilidade da Copa 2010 do Departamento Nacional de Transporte da África do Sul, participou da conferência de abertura do 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado nesta semana, no Rio de Janeiro.


Ela afirma que testar os projetos de transporte antes do evento é essencial. Assim, a Copa das Confederações se configura como oportunidade única e decisiva para saber os pontos positivos e aqueles que precisam de melhorias até o início da Copa do Mundo, um ano depois.


Para a diretora de mobilidade da Copa de 2010, o evento serviu como um catalisador dos projetos que formaram um legado de um transporte de qualidade, pois renovou o foco do governo para o transporte público, abrindo possibilidades de avanços no setor.


Segundo ela, é necessário que as cidades estejam alinhadas em um plano conceito e que as ações sejam finalizadas com brevidade e divulgadas de forma abrangente, pois esse conhecimento prévio e amplo sobre as opções de transporte é decisivo para a maior participação do público.


Atrasos no cronograma dos projetos e obras da última Copa aconteceram, principalmente, por motivos institucionais, comentou a diretora de mobilidade do evento. Ela lembrou que, entre 2007 e 2010, houve cortes de recursos e afrouxamento da coordenação, levando a problemas de implantação, relacionados também à transição política ocorrida no período.


Tais atrasos resultaram em uma disponibilidade limitada para a Copa, com ações paralisadas. Entretanto, como os projetos foram pensados para benefício a longo prazo, foi estabelecido um fundo de investimento pós-Copa para possibilitar a continuidade.


“Os olhos do mundo se focam na nação sede”, comentou Makidizela, lembrando a importância de obter sucesso e de aproveitar a oportunidade de implantar e catalisar um legado duradouro no que se refere à mobilidade urbana.

 

 

 

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