O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES – aprovou financiamento de US$ 90 milhões para a Scania exportar 454 ônibus para o SIT – Sistema Integrado de Transporte Público de Bogotá – SITP, o Transmilênio, da Colômbia.
O sistema consiste num dos mais modernos BRT – Bus Rapid Transit do mundo. É composto por corredores exclusivos, segregados do trânsito convencional e oferecem agilidade, pelo fato de os ônibus não pararem em congestionamentos e por haver pontos de ultrapassagem nas proximidades das paradas, acessibilidade, por espaço para cadeira de rodas e cão- guia e embarque no mesmo nível das estações e do assoalho do ônibus, vantagens ambientais pelos ônibus substituírem os carros e operarem em máximo desempenho, o que emite menos fumaça, e conforto: os veículos são modernos e maiores por justamente contarem com espaço exclusivo, o que facilita em manobras e oferece mais lugares para os passageiros.
O Transmilêmio foi inspirado em modelos de BRT brasileiros, como o de Curitiba, mas oferece mais vantagens tecnológicas e de operação devido a modernidade do sistema.
Ele é composto de linhas troncais, que trafegam pelo corredor em alta velocidade e alimentadoras, dos bairros até os terminais e estações no corredor.
Desde que opera comercialmente, quando foi inaugurado em dezembro de 2000, segundo a Prefeitura de Bogotá, que gerencia o sistema, o Transmilênio conseguiu reduzir o tempo de viagem em 32% e os níveis de poluição em 40%.
Isso devido às vias exclusivas pelas quais os ônibus conseguem empreender mais velocidade, emitindo menos poluição, e pelo fato de, com qualidade operacional, ter conseguido fazer com que as pessoas deixassem o carro em casa.
O exemplo do Transmilênio deixa claro que os ônibus são formas de transportes que se modernizaram e que podem atender a demanda de uma média e grande cidade com custo baixo de implementação e operação.
A Prefeitura de Bogotá amplia o sistema agora e os 454 ônibus Scania visam atender esse aumento do sistema.
O projeto do Transmilênio teve a frente o então prefeito de Bogotá Enrique Penãlosa Londoño e as obras tiveram início em 1998.
Logo no começo, Penãlosa enfrentou reprovação, principalmente da classe média que reagiu negativamente o fato do espaço para os transportes individuais ser reduzidos para tráfego de ônibus.
Além disso, operadores clandestinos de transportes coletivos também se revoltaram contra o então prefeito.
Quando começou a operar em 18 de dezembro de 2000, a mesma classe média que criticou Peñalosa que teve números altos de rejeição de governo viu que a medida facilitou os deslocamentos em Bogotá.
O quadro se reverteu e Peñalosa foi um dos prefeitos com maior índice de aprovação da capital colombiana.
No ano de 2001, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social já havia concedido um financiamento para a exportação de ônibus ao sistema.
Hoje o Transmilênio transporta 1,7 milhão de pessoas por dia, mas a tendência é de aumento com os novos investimentos.
De acordo com nota do BNDES, a exportação não será favoráverl ao Brasil só no momento da venda, mas também porque vai criar uma rede de serviços, manutenção e reposição de peças com produtos brasileiros por um longo período.
“O projeto viabilizará, ainda, maior exportação de serviços de manutenção, criação direta e indireta de empregos e, em uma perspectiva de mais longo prazo, aumento na competitividade externa do Brasil e sua consolidação como plataforma de exportação de empresas globais do setor”
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