Mais calçadas, mais caronas, menos carros

Leia o Editorial da Newsletter semanal de número 68 do Mobilize Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 29 de maio de 2013

 
Andar é a forma mais simples, óbvia, econômica e saudável de transporte. Exatamente por isso, em 2012 o Mobilize realizou a Campanha Calçadas do Brasil.
 
A ideia era chamar a atenção da imprensa, autoridades e cidadãos para o estado lastimável dos passeios públicos no país. A campanha teve grande repercussão na mídia, mas infelizmente ainda não conseguiu mudar o panorama urbano para quem caminha pelas cidades.
 
O assunto é o tema do primeiro vídeo de uma série lançada nesta semana pelo Greenpeace Brasil, que vai abordar o planejamento da mobilidade urbana como forma de melhorar o ambiente nas cidades. O texto que acompanha o vídeo cita também o Estudo Calçadas do Brasil, que continua a ser a principal referência nacional sobre o assunto. Vamos acompanhar a série, que promete ser interessante, e comentar aqui, sempre que possível.
 
Nesta semana a imprensa também divulgou estudo sobre o possível impacto do pedágio urbano no trânsito em São Paulo. Segundo a pesquisa, a cobrança de cinco reais reduziria em 30% a circulação de veículos na cidade.
 
Lembramos de Londres, onde o pedágio não aboliu congestionamentos, e fomos ouvir o especialista Horácio Figueira sobre a proposta. O engenheiro acha que em São Paulo a medida teria fôlego curto, além de ser antidemocrática: "os ricos pagariam para poluir o ar que todos respiramos". Figueira propõe um rodízio que privilegie os carros compartilhados: "Nos horários de pico, das 6h às 11h e das 16h às 20h, somente poderiam circular pelas cidades os veículos com mais de duas pessoas", sugere.
 
Tal como Nova York, onde a secretária de Transportes Janette Sadik-Khan teve a coragem de reduzir pistas para carros e abrir espaços para pedestres, ônibus e bicicletas, São Paulo também deveria começar a fechar ruas e pistas, acredita Horácio Figueira. "Mesmo que São Paulo tenha mais 5 linhas de metrô e 400 km de corredores de ônibus, os motoristas não deixarão seus carros em casa enquanto houver qualquer informação sobre pista livre e local para estacionar. Daí, a solução é fechar ruas e estimular outras formas de transporte", conclui o engenheiro.
 
Um bom exemplo vem de Porto Alegre, onde a prefeitura está finalizando a construção de uma ciclovia na rua José do Patrocínio, local famoso pelo atropelamento de 17 ciclistas, em fevereiro de 2011. É um primeiro passo para uma talvez futura rede cicloviária na capital gaúcha.
 
Bom feriado a todos!
 

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