Até o fim do mês, os motociclistas que circulam em Mauá contarão com 25 áreas de retenção para motocicletas em vias do centro expandido da cidade. Os dispositivos começaram a ser instalados em outubro e já podem ser vistos em 16 pontos semaforizados. O objetivo é evitar acidentes e diminuir os conflitos entre os diferentes tipos de veículos. A iniciativa já é adotada pelas prefeituras de São Bernardo e da Capital.
A área de retenção tem aproximadamente cinco metros de cumprimento e fica localizada entre a faixa de pedestres e o marcador que delimita o avanço dos demais veículos enquanto o sinal estiver vermelho. Assim que o semáforo fica verde, as motos saem na frente, eliminando a disputa por espaço com automóveis, ônibus e caminhões.
O alto número de ocorrências envolvendo motociclistas estimulou a Prefeitura a criar os recuos. Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, dos 1.750 acidentes de trânsito ocorridos na cidade entre janeiro e outubro, 434 vitimaram os pilotos de motocicletas, o equivalente a 24,8%. Desses, dez foram fatais.
Albuquerque acrescenta que, em Mauá, aproximadamente 16% da frota é composta por motocicletas. “É um tipo de veículo que tem que ser pensado de forma especial. Não dá para não levar em consideração. E esse mecanismo contribui para evitar o conflito com os automóveis. Além disso, oferece mais segurança até para o pedestre, já que é comum muitos motoristas invadirem a faixa de travessia”, considera.
O secretário acrescenta que os bolsões ainda estão sendo avaliados pelas equipes técnicas da Pasta. Caso haja necessidade, as zonas de retenção podem ter os cumprimentos alterados – para mais ou para menos – de acordo com a demanda. A medida será implantada em vias de grande circulação, como as avenidas Governador Mário Covas Júnior, Capitão João, João Ramalho, Barão de Mauá e Antônia Rosa Fioravanti, além das ruas Luís Mariani e General Osório, todas no Centro.
A partir de janeiro, será iniciada campanha para estimular o uso por parte de motociclistas e coibir invasão de outros motoristas. “Por enquanto, não está prevista aplicação de multas em caso de desrespeito. Nós ainda ficaremos um bom período só com esse processo educativo”, explica o secretário. Segundo ele, os bolsões já têm sido utilizados por parte considerável dos motociclistas. “Principalmente os que já estão acostumados a andar em São Paulo, pois já conhecem esse tipo de sistema”, comenta Albuquerque.
Abrigos de ônibus
Foram instalados nesta semana os três primeiros abrigos de ônibus do novo padrão da cidade, de um total de 300, que devem ser colocados até junho de 2015. A Prefeitura não terá gastos, pois o investimento é a contrapartida contratual exigida para a Suzantur, concessionária do sistema de Transporte municipal. Mauá tem quase 2.000 pontos de parada, mas a maioria não conta com abrigo devido à falta de espaço na calçada.
Leia também:
Lançamento da terceira edição do guia Como Viver em São Paulo sem Carro
Em SP, escola dá lições de mobilidade sustentável
Paraibanos preferem se deslocar a pé e de bicicleta para viagens curtas e trabalho