A Prefeitura de São Paulo contratou por meio de concorrência pública uma consultoria para analisar a rede de transportes da capital e apresentar propostas operacionais e de estrutura física para tornar mais eficiente a mobilidade urbana, com transporte mais rápido, confortável e eficiente. O objetivo do estudo é identificar e desenvolver soluções de médio e longo prazo para gargalos no sistema e para pontos de embarque e desembarque críticos, além de avaliar a eficiência dos corredores de ônibus. Como resultado final, a empresa deverá desenhar uma nova rede de linhas de ônibus e apontar a infraestrutura necessária.
A elaboração deste diagnóstico da rede de transporte receberá investimento de R$ 5,4 milhões e deverá ser executada em 18 meses. A iniciativa integra uma série de medidas de aprimoramento da rede, como a realização da verificação independente dos contratos do sistema de transporte coletivo da cidade, em execução pela empresa Ernst Young, cujo objetivo é fornecer informações para estruturar novos editais de contratação do serviço.
De acordo com o edital publicado pela SPtrans, a empresa de consultoria deverá analisar simulações, pesquisas de bilhetagem e outros dados socioeconômicos e produzir relatórios e propostas sobre cenários previstos em um horizonte de 20 anos, com etapas para 2014, 2016, 2020, 2024, 2028 e 2032. O estudo apontará para possibilidades de reestruturação das linhas de ônibus, em que deverão estar especificados trajetos, extensão, intervalos entre partidas, tipo de veículo e a frota necessária.
A pesquisa levará em conta projeções sobre o desenvolvimento da rede de mobilidade da capital, incluindo futuras ampliações dos corredores de ônibus, linhas de metrô e trens e linhas da intermunicipais. Estudará a localização e estrutura de corredores, terminais, estações de transferência e pontos de conexão existentes. Os primeiros resultados, com uma proposta de requalificação do sistema para 2014, deverão ser entregues por volta de nove meses após o início do contrato.
Nesta etapa será realizada a revisão dos traçados e características operacionais das linhas existentes, com possíveis seccionamentos, exclusões e criação de linhas. Deverá também incluir propostas de melhorias físicas e operacionais nos terminais e corredores existentes, e em outras vias estruturais importantes para o transporte coletivo. As propostas poderão incluir a criação de faixas exclusivas, alterações de sentido de circulação, restrições à circulação do tráfego geral em trechos de vias, restrições de estacionamento ou parada de veículos, eliminação de zona azul, construção de baias de parada ou de estacionamento e alargamentos do leito viário.
Esta reestruturação será acompanhada pelo lançamento de um sistema de informação ao usuário, com o desenvolvimento de mapas, manuais, aplicativos sobre corredores de ônibus, linhas e horários. A ideia é que a população possa programar viagens e identificar facilmente equipamentos de acesso e transferência da rede de ônibus.
Lei federal
A contratação da consultoria também atende à necessidade de construção de um Plano de Mobilidade Urbana, determinado por lei federal (nº 12.587/12). Segundo a lei, municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a elaborar até 2015 o plano para a terem direito à obtenção de recursos federais.
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