O governo de Minas Gerais anunciou ontem (10) as diretrizes básicas para o projeto do sistema de transporte que fará a ligação entre Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana da capital.
O documento inclui sugestões apresentadas pelas empresas que participam do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) avaliadas pelo governo do estado em conjunto com a prefeitura de Belo Horizonte.
O projeto, segundo informações do governo, terá capacidade maior que o transporte rápido por ônibus (BRT) e menor que o metrô. A previsão é que atenda de 150 mil a 300 mil pessoas por dia, independentemente do modelo adotado. A meta é integrar a nova linha ao sistema de ônibus Move, às linhas de ônibus convencionais existentes na região e ao próprio metrô da capital.
Com o novo sistema de transporte sobre trilhos espera-se que o trajeto entre o centro e o aeroporto dure, em média, 39 minutos, com circulação a cada três minutos. Os passageiros embarcarão em estações instaladas em pontos estratégicos, como a UFMG, o Aeroporto da Pampulha e Cidade Administrativa. Uma opção de linha expressa, direta para o aeroporto, terá partidas a cada 15 minutos.
A rota definida pelo governo começa no Terminal Rodoviário Israel Pinheiro, passa pela Via Expressa Leste-Oeste, sentido Bairro Carlos Prates, segue pelo bairro Padre Eustáquio, alcança a av. Pedro II e continua até o cruzamento com o Anel Rodoviário, passando pela av. Tancredo Neves até chegar nas proximidades da Pampulha. O traçado proposto continua pelo bairro Pio XII, segue até a av.Vilarinho, na altura da Avenida Baleares, onde transpõe o relevo e chega ao bairro Morro Alto, próximo à Cidade Administrativa, através da al. José Maria Alkimin. No final do trecho, haverá duas opções: seguir para o Aeroporto de Confins, pela rota da MG 010, ou ir em direção ao Aeroporto da Pampulha, pela estação Vilarinho do metrô e pelo bairro Planalto.
O sistema, segundo as diretrizes, deverá atender às seguintes demandas:
- Circulação preferencia em nível com as vias existentes, de forma a reduzir custos de implantação;
- Segregação, com vias exclusivas, para garantir maior velocidade, frequência e pontualidade;
- Conexão direta entre o centro de Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins;
Agora, as quatro empresas concorrentes deverão apresentar estudos complementares de demanda, de engenharia e infraestrutura, de impacto, social e ambiental, além de modelo econômico-financeiro e plano de negócios para futura operação do sistema.
*Edição: Marcos de Sousa
Leia também:
Prefeitura de BH obtém recursos para ampliar BRT na cidade
Ônibus que transporta mais de 200 pessoas é testado, mas não deve ser usado em BH
BH sedia o Seminário de Construção do Plano Nacional de Mobilidade Urbana