Em meados de outubro, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) começa a circular nos trilhos da cidade do Natal. Um evento teste foi realizado hoje (29) pela Companhia de Trens Urbanos (CBTU).
Durante a ‘viagem’ teste, João Maria Cavalcanti, superintendente regional da CBTU explicou como vai funcionar o VLT. Segundo ele, as novas locomotivas trazem mais conforto à população. “Os carros tem capacidade para 600 pessoas. Essa locomotiva começa a circular até o final do próximo mês. Em novembro chega o segundo VLT e, em até três anos, o projeto irá se expandir com novos vagões, linhas e trilhos”, ressalta.
O projeto do Veiculo Leve Sobre Trilhos terá capacidade para transportar 50 mil passageiros por dia. A primeira etapa do projeto atenderá ao sistema atual, em três linhas, e aumentará o número para sete linhas. A linha amarela cobrirá os municípios de Parnamirim a Natal, com 12 estações e 23 km de extensão. A linha verde ligará o centro de Natal ao extremo da zona Norte, com 10 estações e 15 km de extensão. A azul vai ligar o extremo norte de Natal a Ceará-Mirim, com oito estações.
A segunda etapa será implantada com o destino ao Campus Universitário, e contará com o incremento de mais duas linhas. A linha marrom, que ligará a Ribeira ao Campus Universitário e a linha laranja, que formará um anel na região central de Natal, interligando todos os destinos.
Na terceira etapa do projeto será implantada junto com a linha roxa, com destino ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, formando um anel ferroviário metropolitano que ligará os municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante. Já a quarta e última etapa, na linha sul já existente será implantada a linha branca, uma ampliação da linha amarela, que se estenderá aos municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta.
Em meio as comemorações da nova etapa, ainda no pátio da CBTU, o Nominuto conversou com um usuário que reclamou dos serviços prestados pela companhia.“ Desde às 9h40 não tem trem. É a semana toda isso aqui. Os trens atrasam e nós que precisamos dos serviços somos prejudicados. Dependo desse trem para ir trabalhar e voltar. Agora vêm esses VLT ai e não vejo evolução nenhuma", destacou Hilton Barbosa, de 50 anos.
Locomotivas novas
De acordo com Antônio Erico, engenheiros da empresa responsável pelo VLT, às locomotivas atuais quebram muito e, por isso, há o atraso nas viagens. Mas, com o Veículo Leve Sobre Trilhos a previsão é que esse tipo de situação seja resolvida, já que a locomotiva é moderna e não quebra facilmente como os vagões antigos.
Os Veículos Leves Sobre Trilhos são mais confortáveis, mais rápidos e com eles o tempo de espera dos trens nas paradas serão reduzidos. “Hoje o tempo de espera pelo trem é de 1h30, isso será reduzido por 20 minutos com a chegada do VLT”, comenta João Maria Cavalcanti.
As locomotivas atuais podem atingir até 80 km/h de velocidade, mas, apesar disso, elas irão circular em uma velocidade entre 40 e 50 km/h. Os vagões antigos trafegavam com velocidade média de 20 à 30 km/h, o que mostra que além de mais confortável, os VLT irão tornar as viagens mais rápidas.
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