Bike é o meio de transporte mais eficiente

Mas cuidados com a sinalização e a educação são fundamentais para evitar acidentes com ciclistas e pedestres. Leia o Editorial do Mobilize

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 29 de agosto de 2014

Emily Finch, de Portland, camino a la escuela en u

Emily Finch, de Portland (EUA) leva seus filhos à escola

créditos: Caters News Agency

  

 "Cuidado para não cair da bicicleta"


Pedalar é trabalho duro, dizem os dinamarqueses, que saem pelas ruas de Copenhague em pleno inverno, e holandeses, que enfrentam o forte vento do Mar do Norte. Aqui nos trópicos, ao contrário, temos excesso de sol e calor, mas temos um trânsito caótico, agressivo, que desafia mesmo os ciclistas mais cuidadosos e aterroriza aqueles que desejam experimentar suas bikes nas ruas.
 

Felizmente, algo parece estar mudando, a julgar pelas centenas de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas em implantação por todo o país, de Rio Branco ao Rio de Janeiro, passando por cidades como Brasília, Salvador, Aracaju, Curitiba, Vitória, Sorocaba, Volta Redonda, Santos e São Paulo, só para citar algumas que começaram a investir recursos nessa forma "nova" e inteligente de transporte.
 

Embora tenha sido inventada no século 19, a bicicleta ainda é um dos meios de transporte mais eficientes disponíveis. Por sua leveza e economia de recursos. Uma pessoa pedalando gera algo como 100 watts de potência, cifra quase irrisória mesmo se comparada a um automóvel popular, com motor de 60 CV, ou 44.100 watts. Mesmo assim, uma bicicleta pode ser uma alternativa viável ao automóvel, como provam algumas grandes cidades ao redor do mundo, especialmente se a infraestrutura cicloviária for conectada às redes de transporte público.

 

 
      Eficiência de vários formas de transporte 
 

Sistemas de bicicletas compartilhadas são uma excelente solução para pequenas viagens, de 2 km a 5 km, como já é possível fazer em Paris, Bruxelas, Melbourne e em algumas cidades brasileiras, como Rio, São Paulo e mesmo na montanhosa Belo Horizonte. Bicicletários também podem ajudar a compor essa rede de mobilidade leve, desde que implantados ao lado de estações de ônibus, metrôs, trens, barcas e até em aeroportos. E, como as bicicletas são leves e ocupam pouco espaço, é possível também transportá-las nos ônibus, bondes, trens e embarcações. Ou conduzi-las, como pedestres, pelas calçadas.
 

A rápida expansão da malha cicloviária brasileira certamente trará ganhos para as cidades e isso logo será visível nas estatisticas de trânsito e nos índices de poluição atmosférica. Mas, atenção: também deve crescer o número de acidentes envolvendo pedestres e ciclistas, pela falta de sinalização adequada nos pontos de conflito de trânsito. Cabe ao poder público exercer seu papel de agente educador. E não basta pintar as ruas de vermelho.

 

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