A Prefeitura de Santos espera começar as obras do sistema teleférico no fim de 2016. O novo modal de transporte vai unir o Valongo com os morros do São Bento, Vila Progresso e Nova Cintra e o Bairro Caneleira, na Zona Noroeste. A previsão é de conclusão dos trabalhos em dois anos.
As informações foram passadas na noite de ontem pelo presidente da CET Santos, Antônio Carlos Silva Gonçalves, e pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Nelson Gonçalves de Lima Júnior, aos moradores dos morros, em um evento no Morro São Bento.
Segundo explicou Silva Gonçalves, a Prefeitura deve entregar o Relatório Ambiental Preliminar (RAP) à Cetesb até setembro. Para viabilizar o sistema de teleférico não será necessária a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) e tampouco a realização de audiências públicas.
Ao fazer a análise do RAP, a Cetesb poderá, ou não, pedir ajustes ou medidas compensatórias.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), porém, orientou o presidente da CET e o secretário municipal a frisar, no evento de ontem, que a intenção da Administração Municipal é minimizar, ao máximo, os impactos do novo modal entre os moradores.
Desapropriações
Serão necessárias apenas três desapropriações de casas, no São Bento, para erguer a estação naquele morro. As desapropriações serão por valor de mercado dos imóveis, e não pelo valor venal.
Em outros pontos, a Prefeitura vai ter de usar pequenos espaços em terrenos para a instalação das torres (tamanho de 5 metros quadrados). Os 28 proprietários cujas casas vão ter qualquer tipo de impacto com o teleférico estão sendo chamados para encontros de esclarecimentos na Prefeitura.
O sistema teleférico de Santos será operado com 80 gôndolas, cada uma com capacidade para transportar 8 passageiros sentados. Os vagões devem vir da França ou da Suíça. A capacidade será de 18 mil passageiros por dia, sendo que em um primeiro momento a expectativa é de que o modal vá atender 12 mil passageiros.
O teleférico funcionará das 6 horas à meia-noite. Ele já deve operar no sistema de bilhete único, ou seja, o passageiro poderá usar a passagem integrada (por um certo período de tempo) a outros meios de transporte, como ônibus e o Veículo Leves sobre Trilho (VLT).
Apelo turístico
De acordo com Lima Júnior, diferentemente do que ocorre no Rio de Janeiro, o sistema santista também terá forte apelo turístico.
Silva Gonçalves informou que o custo da obra é de R$ 200 milhões, todo financiado pela Caixa pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades.
Pontos estratégicos
A estação da Vila Progresso ficará ao lado de um centro esportivo, a da Nova Cintra junto à Lagoa da Saudade, a do Valongo ligada à Rodoviária e a da Caneleira ao Poupatempo.
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