O Ministério Público Estadual (MPE) abriu procedimento para investigar a denúncia da falta de acessibilidade nos ônibus do transporte coletivo em Campo Grande, conforme matéria desta segunda-feira (11) no jornal Correio do Estado. Apesar da lei que determina a adaptação da frota para atender os cadeirantes, usuários reclamam que os aparelhos elevadores “vivem emperrando” impossibilitando, assim, o embarque dos passageiros. “Houve reclamação de que os ônibus coletivos necessitam de reparos, reformas, e que alguns elevadores teriam dado problemas com a pessoa caindo e se machucando”, afirma a promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, da 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos.
Moradora no Jardim Aero Rancho, Raquel de Lima, 49 anos, sabe bem das dificuldades enfrentadas com a falta de acessibilidade. Diariamente, ela necessita do transporte público para levar às sessões de fisioterapia o filho Gabriel Vinícius, 15 anos, que sofre de paralisia cerebral. “Cansei de reclamar dos ônibus com elevadores quebrados por falta de manutenção. Os motoristas olham pra gente e dizem que nada podem fazer”, desabafa Raquel. Frente à situação, quando isso acontece, mãe e filho não encontram outra alternativa a não ser a de esperar pelo próximo coletivo, torcendo para que tenham a sorte do elevador funcionar.
De acordo com a reportagem de Rafael Bueno, a promotora dos Direitos Humanos, Jaceguara Dantas, explica que agora com a denúncia formalizada sobre a falta de acessibilidade, será pedida uma vistoria nos ônibus. Caso encontrada alguma irregularidade no atendimento aos cadeirantes, a Promotoria irá propor um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
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