Uma pesquisa sobre o comportamento dos ciclistas realizada pela PROTESTE apontou que 55% dos ciclistas curitibanos entrevistados afirmaram já terem sofrido algum acidente. Salvador lidera o ranking de acidentes, com 56% dos ciclistas. Em terceiro lugar, estão Brasília e São Paulo com 52%, seguidos do Rio de Janeiro (51%) e Porto Alegre (37%).
A maioria dos entrevistados (75%) alega ter sofrido apenas machucados leves ou de média gravidade; e 13% se feriram gravemente. Entre os 1.857 pesquisados, 21% afirmaram avançar sinais de trânsito e 10% não respeitam outras regras de trânsito – como, por exemplo, trafegar na mesma mão dos carros.
O uso de acessórios de segurança não é vista como prioritária: 27% dos brasileiros confessaram que nunca usam capacete. E 20% revelaram que nunca usam refletores ou sinais luminosos (como colete ou adesivos) ao pedalar à noite. Outros 41% dizem não ter buzina em suas bicicletas.
Cerca de 96% dos entrevistados acham que sinais luminosos dianteiro e traseiro deveriam ser obrigatórios no período noturno (de acordo com as normas de trânsito, eles já são – mas muita gente não os usa). Para 82%, também deveria ser obrigatória a utilização de gestos e sinais durante a condução do ciclista em ruas e estradas. Embora, há muito tempo, já existam leis de trânsito para quem se locomove de bicicleta, poucos as seguem. A maioria dos participantes (77%) defendeu que os ciclistas deveriam ser multados em caso de direção perigosa em vias públicas.
Para o levantamento, realizado entre novembro e dezembro de 2013, foram enviados questionários online para associados e não associados de sete cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Foram questionados sobre o grau de satisfação com as ciclovias, seus hábitos enquanto pedalam e os cuidados que têm com suas bicicletas.
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