A caminhada é a atividade física mais praticada pelos brasileiros nas suas atividades físicas de lazer*. Esta é a conclusão de um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens-USP ) que, a partir dos dados do Vigitel - Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por meio de Inquérito Telefônico -, de adultos residentes em todas as 27 capitais do país de 2006 a 2012.
O objetivo foi avaliar quais os tipos de atividade física mais praticados pela população. E a caminhada saiu na frente, com 18,1% de adesão entre os entrevistados.
Quem informa, em primeira mão, é o leitor do Mobilize Thiago Hérick de Sá. Ele é um dos autores, ao lado de Leandro Martin Totaro Garcia e Rafael Moreira Claro, do estudo que acaba de ser publicado online (no prelo) na revista científica International Journal of Public Health, com o título: "Frequency, distribution and time trends of types of leisure-time physical activity in Brazil, 2006–2012".
Depois da caminhada, em segundo lugar está a musculação/ginástica (11,2%), seguida do futebol (7,2%) e da corrida (3,1%). Já a bicicleta é a quinta atividade mais praticada no lazer, tanto por homens quanto por mulheres, com 2% nos resultados. Na sequência, vêm modalidades como natação e hidroginástica, entre outras.
Bicicleta
No total, 2% da população adulta das capitais brasileiras usa a magrela como principal tipo de atividade física no lazer (2,8% entre homens e 1,3% entre mulheres). "Ou seja, não apenas como modo de transporte, mas há um espaço enorme para promoção da bici no lazer, assim como é necessário reduzir as desigualdades entre os sexos aqui também", observa Thiago.
Entre as capitais, a proporção da população que tem a bicicleta como principal tipo de atividade física no lazer varia de 0,7% em Manaus, a 3,7% em João Pessoa. São Paulo e Rio estão com 1,7% e 2%, respectivamente.
Para Thiago, a pesquisa revelou ainda um dado no mínimo preocupante: "Observamos que nos últimos sete anos, entre 2006 e 2012, o uso da bicicleta no lazer se manteve inalterado! Triste, não? Pior, só o futebol, que apresentou uma considerável redução no mesmo período...", queixa-se o pesquisador.
Leia também:
A saúde e a cidade