A Rua Achilles Orlando Curtolo, na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, é um tormento para os pedestres. Em poucos metros a reportagem do Diário de SP encontrou seis buracos abertos na calçada por empresas que prestam serviços de telefonia. Todos estavam desprotegidos e foram tampados parcialmente pela própria população.
A maior “cratera” tem cerca de um metro de profundidade. No local, há um reservatório de água parado e todo o tipo de embalagem descartável. Alguns trabalhadores improvisaram uma tampa de madeira para tentar evitar acidentes.
Mais à frente, outro buraco tinha uma porta de armário como proteção. Porém, de tanto ser usada, quebrou ao meio. Ao lado, havia mais dois buracos esperando as “vítimas”.
Segundo uma comerciante que pediu anonimato, há seis meses, carros da Telefonica (hoje Vivo) param na rua para realizar manutenção da rede e deixaram os buracos abertos.
No Largo do Arouche, na região central, a reportagem flagrou na última sexta-feira outro buraco aberto, que foi tapado com terra e pedras. A Prefeitura irá vistoriar o local ainda nesta semana para identificar a empresa responsável.
Acidentes
Quem se machuca em buraco desse tipo pode entrar na Justiça para pedir indenização contra a empresa prestadora do serviço e, também, contra o poder público. Porém, segundo o advogado Marcelo Souza, caso não haja acordo prévio o processo pode durar mais de uma década. Para agilizar, ele explica que o pedestre deve guardar fotos e prontuários médicos. “Quanto mais elementos comprobatórios, melhor”, sugere.
Sobre os buracos, a Telefonica/Vivo respondeu que uma equipe iria ao local para resolver o problema até a manhã de terça-feira (22). Já a Prefeitura informou que as concessionárias passam por aprovação para obras e irá vistoriar os locais.
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