Pedestres de Juiz de Fora reclamam com frequência ao jornalismo da TV Integração, afiliada à Rede Globo, sobre as condições das calçadas. Segundo eles, em vários pontos da cidade, elas sequer existem. Por isso, a equipe do MGTV foi às ruas e flagrou problemas com a manutenção e desrespeito à lei que regulamenta a largura das calçadas. De acordo com a chefe do departamento de Fiscalização da Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), Graciela Marques, a construção e manutenção dos passeios é de responsabilidade dos proprietários.
A regulamentação prevê que as calçadas do município tenham pelo menos dois metros de largura. Desses, no mínimo 1,5 metros precisam estar livres de obstáculos para os pedestres e, no caso de construções antigas, 1,2 metros. Mas não é isso que acontece na cidade.
Uma calçada da Avenida Barão do Rio Branco, por exemplo, não chega a 64 centímetros. Na esquina da Rua Olegário Maciel com a Marechal Deodoro, a largura total é de 70 centímetros. E, no mesmo local, as dificuldades continuam. Na outra esquina, uma escada e um semáforo são obstáculos para a travessia. E, com isso, alguns pedestres acabam passando pela rua.
Em outros pontos a situação consegue ser ainda pior. Na Rua Monsenhor Gustavo Freire, no Bairro Dom Bosco, a falta de estrutura coloca o pedestre em risco. De um lado, a calçada é estreita e irregular. Do outro, nem calçada tem e há carros estacionados. "Já conheci gente que foi atropelada aqui, passando na rua. A situação piora principalmente quando chove, porque a enxurrada desce e não tem como andar na calçada", lamentou o pintor Marcos Vinícius Freitas.
A situação é parecida na Rua Paracatu, pois a via dá acesso a MG-353 e, por isso, o fluxo de veículos é intenso durante todo dia e não existe calçada em nenhum dos lados. A dona de casa Ana Célia da Silva não tem outra alternativa a não ser passar perto dos veículos. O risco é diário. "Quem desce o morro tem que enfrentar os ônibus, carros e caminhões. É muito perigoso. Já aconteceu acidente aqui, até com morte", contou.
De acordo com a chefe do departamento de Fiscalização da Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), Graciela Marques, a construção e manutenção dos passeios é de responsabilidade dos proprietários. "A fiscalização identificando qualquer irregularidade vai intimar e dar um prazo para que a pessoa resolva. Caso isso não aconteça, ela poderá ser autuada", explicou.
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