Tapumes que haviam sido retirados dos canteiros da Avenida do CPA para melhorar o visual de Cuiabá durante a Copa do Mundo voltaram a ser recolocados. Após o final dos jogos, as obras de mobilidade urbana foram retomadas, entre elas as relacionadas ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Os tapumes causaram polêmica e foram alvo de uma ação do Ministério Público Estadual.
Os comerciantes temem prejuízos com o retorno dos tapumes, pois no período em que cobriam as obras trouxeram impactos negativos para o comércio da região. O empresário Marco Magoni, que tem um restaurante na avenida, contou que houve queda de até 40% nesse período de obras. "Isso aqui está como o muro de 'Berlim' cuiabano porque quem está do lado de lá [da avenida] não vem para cá", afirmou.
No trânsito, os motoristas também não gostaram muito do bloqueio no canteiro central, que passa por obras para a implantação do VLT. Na avaliação do motorista Valdemir Santana, o período de nove meses que o trecho ficou em obras deu para ter avançado bastante a obra. "Tomara que melhore porque já sofremos muito", disse.
O custo total da obra do VLT é de R$ 1,4 bilhão, a mais cara da Copa em Cuiabá e que não ficou pronta até a data do evento. A principal preocupação dos comerciantes é saber quando os tapumes vão ser retirados da avenida.
O coordenador da Comissão de Fiscalização do VLT, Edno Carvalho, disse que a colocação dos tapumes no canteiro é uma exigência de segurança do Ministério do Trabalho e também necessária para que as obras sejam retomadas. Segundo ele, o trecho será feito por etapas e, nessa etapa, deve ficar com o tapume por três meses e depois outro trecho até fechar toda a avenida.
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