A proposta é justamente ajudar a quem quer pedalar para o trabalho, diz Rodrigo: "Andar de bicicleta é muito bom, não polui a cidade, evita o trânsito, e o estresse. O ciclista faz exercício, o que, além de ser bom para o sistema vascular, economiza. Então, decidi: vou oferecer um serviço assim para funcionários e clientes das empresas daqui da região", comenta Rodrigo.
O empreendimento tem, além de estacionamento seguro para bicicletas, chuveiros exclusivos para o ciclista (com toalha e sabonete líquido à disposição), armários, oficina mecânica, loja de acessórios e equipamentos e, para repor as energias da pedalada, lanches e bebidas.
O bike point oferece também consultoria para traçar a melhor rota de bicicleta, evitando avenidas movimentadas. E, para os iniciantes, presta ajuda para ir de bicicleta e até dá aula particular para quem quiser aprender a pedalar.
Local tem oficina mecânica. Foto: Caio Prestes/G1
Pontos de apoio ao ciclista, um serviço que ainda engatinha no país
Este tipo de serviço, que seria um incentivo importante à bicicleta como modo de transporte, ainda engatinha no país, e nem de longe atende ao número de ciclistas em atividade. Em geral, começam a surgir de um ano para cá, e com mais força na cidade de São Paulo.
O pioneiro a dar apoio ao ciclista fica no município de Mauá, na Grande São Paulo. É o bicicletário da Ascobike, Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá, fundado em 2001 pelo ferroviário Adilson Alcântara, na época chefe da estação da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM).
Encarregado de resolver o problema das centenas de bicicletas amarradas nas grades da estação, que dificultavam a circulação de pedestres e passageiros, ele acabou criando o maior bicicletário das Américas. Com capacidade para 1700 bicicletas/dia, o local dispõe de banheiro feminino e masculino, oficina de manutenção, empréstimo de bicicletas, café e água, e ainda presta apoio jurídico e de assistência social aos usuários, a maioria trabalhadores da região.
Também voltado a funcionários, além de clientes que utilizam bicicleta, merece menção a iniciativa do banco Itaú Unibanco de criar um equipamento com vestiário, especialmente dedicado ao ciclista. O primeiro foi instalado nas dependências do banco no Centro Empresarial, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, e o outro no Centro Administrativo Brigadeiro, na região da Bela Vista.
Nos dois últimos anos surgiram também os primeiros bike points associados a bares, quase sempre nos bairros de Pinheiros e Vila Madalena, na zona sul da capital paulista. Com estilo despojado, e procurado por um público de classe média, existem o Bike Café Aro 27, inaugurado em 2013, o Bistrô Le Repas, e o Las Magrelas, este também bicicletaria, na "Vila". O serviço inclui oficinas, lojinhas de acessórios, lanches, além de água fresca e sucos como cortesia.
Por último, após um abaixo-assinado com milhares de assinaturas, a Prefeitura de São Paulo abriu este mês, mais uma vez na região de Pinheiros, um bicicletário público, administrado pelo banco Itaú, que, mesmo sem chuveiros e outros "luxos", oferece serviços úteis como uma estação de manutenção de uso do próprio ciclista. Além disso, fornece mapa cicloviário com locais "bike friendly" (oficinas, lanchonetes, cafés e livrarias), outros bicicletários, estações Bike Sampa, terminais de ônibus, estações de metrô e CPTM, ciclovias e ciclorrotas.
Serviço
O bike point "Dress Me Up" localiza-se na Rua Eliseu de Oliveira 63, São Paulo
Mais informações: www.dressmeup.eco.br e www.facebook.com/CYCLE.DRESSMEUP
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