“Não é o que esperamos, mas já chegamos a conversar sobre essa possibilidade”. É com certa resignação que o gerente de Projeto e Implantação de Sistema da EMTU, Carlos Romão Martins, comenta a possibilidade de a operação comercial do VLT começar apenas por São Vicente. Com 85% das obras concluídas, o trajeto vicentino está muito mais avançado que o trecho santista.
A expectativa de avançar os trabalhos em Santos pode ser resolvida em conversas nesta semana. EMTU e Prefeitura precisam se entender quanto à interdição de vias importantes para a execução das obras do VLT – principalmente os trechos que cruzam os canais.
O descarregamento do primeiro trem do VLT ocorreu na manhã desta terça-feira na estação da Linha Amarela, em São Vicente, próxima ao cruzamento com a Rua Amador Bueno da Ribeira.
“Nos canais 1, 2 e 3, nas vias permanentes, nós não conseguimos fazer praticamente nada ainda. Estamos discutindo a menor interferência no tráfego. A Prefeitura sinaliza a intenção de fazer um trecho de cada vez. Mas nós entendemos que precisamos fazer a obra avançar com uma logística adequada. Ou seja, ela precisa vir num ritmo e em sequência”, afirma Romão, citando que serão feitas nove pontes nesses locais.
Caso o desejo da Prefeitura prevaleça, a EMTU cogita prorrogar o prazo de conclusão. A obra, prevista para junho, poderá avançar até dezembro de 2015. “É uma situação complicada, pois os pátios ficam em Santos e, a partir do final deste ano, vamos receber duas composições completas por mês”.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Santos afirma que o cronograma de obras depende da EMTU. Citou, porém, que cada etapa de interdição é planejada pela CET para que haja o mínimo de transtorno ao trânsito. A população, segundo o órgão, será avisada previamente das mudanças viárias, e a intenção é que os impactos viários sejam mínimos.
No trecho vicentino, medidas radicais foram tomadas nos últimos meses, gerando reclamações e contratempos no trânsito. A principal delas foi a derrubada do viaduto da Avenida Antônio Emmerich. Também se fecharam os cruzamentos das Ruas Campos Salles, Ipiranga e XV de Novembro, ligados ao Centro.
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