Idosos denunciam que uma empresa de ônibus que faz a linha Belém - Mosqueiro não permite que mais de cinco pessoas da terceira idade embarquem de graça em uma mesma viagem, nem quando vários idosos aguardam na parada. Os usuários reclamam da falta de ônibus e de organização nas longas filas que se formam no terminal.

A fila de espera pelos ônibus geralmente é longa e quando o coletivo chega, os problemas não acabam. As pessoas enfrentam muita dificuldade para conseguir subir no ônibus. Os usuários afirmam que as pessoas não respeitam a fila.

Segundo a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), atualmente 22 ônibus fazem o trajeto até Mosqueiro e quem já completou 60 anos tem direito ao Passe Sênior, que permite viajar nos ônibus urbanos gratuitamente.

As empresas que fazem o trajeto estariam limitando o número de idosos por viagem e de acordo com a Semob, limitar o número de pessoas com o passe Sênior é proibido, mesmo assim os motoristas estariam desrespeitando a lei.

“As vezes eles querem lugar sentado, então os idosos vão pagar porque é o lugar do pagante”, afirma o motorista Waldecir.

Muitos idosos não têm condições de pagar o preço da passagem de R$ 3,60 e seguem viagem e forma improvisada. “Se não tiver [vaga] sentado eu não vou ficar mais horas esperando, eu vou como der”, afirma Raolino, de 64 anos.

Sem conseguir ir sentada, Perpétua Tavares, que tem problemas em uma das pernas teve que esperar o próximo ônibus. “Eu tenho que esperar, se eu quiser ir sentada, eu pago”.

Segundo a Semob não existe limitação de cota para idosos no transporte público e qualquer idoso coma carteira do Passe Fácil Sênior pode passar pela roleta e sentar em qualquer assento. As empresas que se recusarem a transportar os idosos podem ser multadas e ainda perder o direito de operar a linha.

A Superintendência informou ainda que não há denuncias sobre essa situação, mas os idosos que se sentirem prejudicados devem ligar para o número 118 e informar o número do ônibus, a placa do veículo e o horário em que ocorreu o problema.

Leia também:

Transporte hidroviário será tema de Seminário em Belém 

Belém recebe R$ 315 milhões para obras de mobilidade 

No Pará, defensoria pública cobra uso de elevador em ônibus