Uma idosa morreu na semana passada em Teresina depois de ser atropelada quando tentava atravessar, na faixa, uma avenida. Casos como esse são comuns. Quase 30% das vítimas de trânsito são pedestres.
Em uma das faixas de pedestre que ficam na avenida Noé Mendes, no bairro Dirceu Arcoverde, o que não falta é reclamação dos pedestres. “A pessoa acena com a mão para os veículos pararem, mas os motoristas ignoram e passam em alta velocidade”, reclamou o taxista José da Cruz.
Segundo a comerciante Bárbara da Conceição, as motos não param e causam acidentes com frequência. “Eles param de um lado do outro não. Tem acidentes aqui quase todos os dias”, contou a mulher. Foi por esta falta de respeito à faixa de pedestre que Maria dos Prazeres, de 78 anos, morreu depois de ser atropelada por uma moto.
De acordo com dados do projeto vida no trânsito, da organização pan-americana da saúde, implantado no Piauí, em Teresina, quase 30% das mortes no trânsito as vítimas são pedestres. “O respeito na faixa de pedestre é questão de cidadania. O Código de Transito Brasileiro diz que o maior deve cuidar sempre do menor, esse é o objetivo das leis”, explicou o major Adriano de Lucena, da Companhia Independente de Trânsito.
Antônio Leitão, especialista em trânsito, explica que em Teresina existem três tipos de faixas de pedestre e que aquelas que apresentam um sinal de trânsito são as mais seguras. ”Uma que é conjugada com farol, onde o pedestre devem esperar o sinal fechar, outra semiautomática, que o pedestre deve apertar um botão para depois atravessar a via e a faixa autônoma, pintada, mas sem farol”, explicou o especialista.
Atualmente a Prefeitura de Teresina está implantando faixas azuis em alguns pontos da cidade. Na avenida em que Maria dos Prazeres morreu, a família e os moradores pedem por um trânsito mais seguro.
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