RJ: Ônibus a hidrogênio reforça transporte da Cidade Universitária

O veículo reforça o serviço de transporte num momento de aumento da demanda dos usuários na Cidade Universitária

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Fonte: UFRJ  |  Autor: Sidney Coutinho  |  Postado em: 10 de abril de 2014

O H2+2, ônibus híbrido movido a hidrogênio

O H2+2, ônibus híbrido movido a hidrogênio

créditos: UFRJ


A partir da última segunda-feira (7) o sistema de Transporte Interno da Cidade Universitária conta com uma novidade que será empregada durante a Copa do Mundo deste ano. Começou a circular, entre 11h30 e 14h, o H2+2, o  ônibus híbrido a hidrogênio da Coppe/UFRJ, com tecnologia 100% nacional.


O veículo reforça o serviço de transporte num momento de aumento da demanda dos usuários na Cidade Universitária. “Com o fechamento do restaurante universitário da Faculdade de Letras, muitos estudantes passaram a se deslocar até o restaurante central e nesse intervalo começavam a surgir críticas à superlotação”, disse  Marco Antônio de Almeida Paiva, diretor do Sistema de Transporte Público da Prefeitura Universitária (PU).


Nas cores verde e amarelo, o ônibus híbrido tem o layout totalmente diferente dos demais ônibus do transporte interno, que são azuis. Por isso, é bom ficar atento à passagem do veículo, que tem capacidade total para 69 passageiros (29 sentados), rampa de acesso e espaço para cadeirantes. Essa é a segunda versão do ônibus elétrico híbrido a hidrogênio (H2+2) do Brasil, que vem sendo desenvolvido pela Coppe desde 2005 (versão do ônibus H2). A tecnologia é totalmente nacional e foi licenciada pela Coppe para industrialização e comercialização pela empresa Tracel, parceira do desenvolvimento. Em 2012, surgiu a nova versão com custos 30% menores e redução em 40% no consumo de hidrogênio.


O ônibus elétrico híbrido a hidrogênio pode percorrer até 300 km com uma carga completa das baterias elétricas e uso do combustível hidrogênio embarcado. É preciso que o veículo seja ligado a uma tomada elétrica para que seja gerado um terço da autonomia, mas os dois terços restantes da energia são produzidos dentro do próprio ônibus por uma pilha combustível alimentada com hidrogênio e por um sistema de regeneração da energia cinética que entra em funcionamento durante a frenagem. 


O sistema é similar ao utilizado em vários veículos e também nos carros de Fórmula 1. Todavia, no ônibus, a frenagem regenerativa possui o objetivo de economizar “combustível”, aumentando a eficiência energética.


Extremamente silencioso, zero emissão de poluentes e baixo custo de manutenção, o veículo desenvolvido pela Coppe tem ainda um sistema integrado computadorizado de controle inteligente da distribuição de energia elétrica para os vários sistemas elétricos do veículo (motor de tração, acionamento de portas, funcionamento dos faróis etc). Para maior comodidade dos passageiros, o ônibus tem piso baixo, suspensão a ar, vem equipado com ar condicionado, tomadas de 127V e USB em cada assento para recarga de dispositivos pessoais e acesso gratuito à internet por conexão sem fio.


O veículo já foi amplamente testado na Cidade Universitária e na Barra da Tijuca, mas ainda não assumiu operação continuada com público pela inexistência de infraestrutura para abastecimento com hidrogênio, que ainda é realizada de forma limitada, em pequena escala, fora de ambiente comercial. 

 

A equipe que desenvolve o projeto conta com 12 engenheiros e técnicos, coordenados pelo o professor Paulo Emilio Valadão de Miranda. Segundo ele, a meta de todos é oferecer uma alternativa mais eficiente para os ônibus a diesel do Rio de Janeiro, que são poluentes e barulhentos. De quebra, o ônibus H2+2 coloca o Brasil no grupo de países que ingressa na economia tendo o hidrogênio como alternativa energética.


Itinerário

O ônibus realizará um serviço circular percorrendo toda a Cidade Universitária. Ele passará pelo Prédio da Reitoria, Faculdade de Letras (FL), Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), Terminal Rodoviário, Centro de Ciências da Saúde (CCS), Centro de Ciências da Matemática e da Natureza (CCMN), Centro de Tecnologia (CT), como mostra o mapa abaixo.


 

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