As potencialidades dos rios para o transporte de passageiros e cargas na Grande Belém. Este é um dos temas a ser debatido durante o Seminário de Mobilidade Urbana, que ocorrerá na próxima segunda-feira, 31, no Hotel Crowne Plaza. Na ocasião, a sociedade terá a oportunidade de conhecer e discutir o Projeto de Demanda Potencial e Formação de Rede Rodofluvial na Região Metropolitana de Belém (D-Fluvial), desenvolvido pela universidade da Amazônia (Unama) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
O estudo aponta o transporte hidroviário como uma das alternativas para desafogar o trânsito na capital. O evento é uma iniciativa da Rede Brasil Amazônia (RBA) de comunicação e integra o projeto ‘Orgulho de Ser do Pará’ - que nesta edição apresenta uma série de reportagens sobre o cenário da mobilidade urbana. O evento tem a parceria da Vale, Banco da Amazônia e Marko Engenharia.
D-FLUVIAL
O seminário estará dividido em seis palestras e painéis, entre os quais um será presidido pela professora Patrícia Bittencourt, que foi uma das coordenadoras do D-Fluvial. “Durante a exposição nós iremos apresentar os sistemas de transportes aquaviários que deram certo no Brasil. Um destes é o que é utilizado no Rio de Janeiro, para o traslado Rio-Niterói, mas temos o modelo utilizado em Recife e que se assemelha ao que propomos para Belém”.
Durante o estudo, que envolveu 47 ilhas da Região Metropolitana, a pesquisadora visitou portos, atracadouros e domicílios a fim de diagnosticar o sistema de transporte hidroviário ideal para Belém. “O que nós fizemos foi buscar um sistema modal que atendesse a população ribeirinha e ao mesmo tempo desafogasse o trânsito no continente”.
O estudo foi concluído em meados de 2009 para 2010, quando foi elaborado um banco de dados. “A utilização dos rios iria promover uma melhor integração entre as ilhas e iria diminuir o trânsito na capital. Consequentemente iria contribuir para a diminuição da poluição atmosférica e os eventuais acidentes que envolvem o transporte público”.
Para que o projeto dê certo em Belém é importante que se verifique o perfil dos usuários deste tipo de transporte. “ O projeto já existe e só precisa de uma atualização para ser implantado”.
No total, serão necessários pelo menos sete portos (terminais de integração) para fazer com que o transporte hidroviário dê certo na capital. Eles seriam construídos em Ananindeua, Icoaraci, Mosqueiro, na UFPA, próximo a Enasa, Ver-o-peso e nas ilhas do Combu e Cotijuba. A palestra de Patrícia Bittencourt está prevista para às 14h40. As inscrições para o seminário são gratuitas e podem ser feitas no site do projeto Orgulho de Ser do Pará.
Confira a programação:
9h - Palestra: Urbanização e mobilidade no Brasil
Palestrante: Luiz Otávio Maciel Miranda
9h40 - Mesa 1: Cidade mais humana para transporte não motorizado.
Palestrantes: Maria Hermelina Malatesta e Antônio Carlos Miranda.
11h20 - Palestra: Circulação de carga nas cidades: desafios e soluções
Palestrante: Frederico Bussinger.
14h- Palestra - Consórcio público como instrumento de gestão de transporte metropolitano
Palestrante: Cristina Aroucha
14h40-Painel:-Transporte hidroviário urbano de passageiros
Palestrante: Patricia Bittencourt
16h-Mesa 2: BRT no Brasil: vantagens e desafios
Palestrantes: Germano Travassos e Raimundo Moraes.
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