Já deu para notar: a bicicleta ganha mais adeptos em todo o país, a cada dia que passa. O único porém é a percepção, em igual medida, de que, quanto mais bikes em circulação, maior o número de roubos e furtos praticados contra o vulnerável veículo. No Brasil não há estatísticas oficiais, mas já é comum ouvir relatos de ocorrências assim. E nas delegacias, os casos são tratados como de roubo em geral.
Por sorte, o fenômeno também atrai boas propostas e iniciativas. É o caso do site Bike Registrada, idealizado pelo ciclista Max Poeck, que oferece um serviço de segurança aos donos de bicicletas, e a quem quiser adquirir uma usada. O objetivo, diz ele, é estimular a mobilidade urbana sustentável, ao inibir o roubo e dificultar a comercialização de bicicletas roubadas em escala nacional. Lançado em dezembro, o site está com 3 mil nomes cadastrados e contabilizou mais de 15 mil acessos.
Cadastro
A ideia é formar um cadastro nacional de bicicletas, explica Poeck. Para usar o serviço, basta o proprietário entrar no site, preencher um cadastro virtual (gratuito) e deixar registrada a marca, o modelo e o número de série (chassi) de sua magrela. Este número fica no quadro da bicicleta, geralmente gravado abaixo da caixa do pedal. Apenas o proprietário terá o controle sobre este registro e só ele poderá transferir a bicicleta para outra pessoa. Caso a bike seja roubada, ele poderá lançar um alerta de roubo no sistema.
A consulta é livre; quando um comprador ou comerciante quer se certificar sobre a origem de uma bike, pode acessar a funcionalidade de consulta e, pelo nome do dono e número do chassi, checar se está tudo ok, e se se trata do verdadeiro proprietário; caso contrário, aparecerá um alerta de roubo (um texto em vermelho). O serviço tem caráter preventivo, e depende da conscientização de quem se prontifica a registrar sua bike, completa Poeck.
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