Google custeia passe livre em São Francisco

O Google é conhecido pelo programa de transporte sustentável que oferece uma gama de modais: ônibus fretados, compartilhamento de carros elétricos e bicicletas

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Fonte: The City Fix Brasil  |  Autor: Luísa Zottis  |  Postado em: 06 de março de 2014

Serviço de transporte sustentável do Google foi al

Serviço de transporte do Google foi alvo de protestos

créditos: Bradley P. Johson/Flickr

 

No topo do ranking mundial das melhores empresas para trabalhar, o Google oferece regalias como restaurantes, academias, salas de jogos, de repouso e até lavanderia, tudo à vontade. Outro benefício é o programa de transporte sustentável que oferece uma gama de modais: ônibus fretados, compartilhamento de carros elétricos e bicicletas.

 

O transporte dos Googlers, no entanto, foi motivo de polêmicas e protestos nas ruas de São Francisco, na Califórnia. A reivindicação era o uso indevido dos pontos de ônibus destinados ao transporte público da cidade. Os manifestantes chegaram inclusive a bloquear a passagem dos veículos, obrigando a empresa a colocar seguranças dentro dos ônibus.

 

Em resposta aos protestos, o Google encontrou uma solução interessante. A empresa destinou 6,8 milhões de dólares ao programa municipal Free Muni for Low Income Youth, que concede passe livre a jovens de baixa renda. Com a verba, a cidade vai garantir o benefício aos usuários durante dois anos sem mexer nos cofres públicos.

 

 

A iniciativa do Google nos remete a estudo do World Resources Institute (WRI) que investigou de onde vêm os investimentos no setor de transportes no mundo todo. A pesquisa descobriu que o setor privado é o grande investidor, responsável por destinar entre US$ 814 bilhões e US$ 1.2 trilhões, contra US$ 569 a US$ 905 bilhões advindos do setor público. Outra descoberta é que os países de alta renda são os principais beneficiários, com três quartos desta quantia, pois são considerados menos arriscados. (Saiba mais)

 

UMA LIÇÃO A SER LEMBRADA

Mas quem lucra com o programa do Google? Ele nada mais é do que uma prática de Transport Demand Management – TDM (gerenciamento de demanda por transportes), que consiste em oferecer opções eficientes de transporte coletivo aos funcionários. Como resultado, a iniciativa tem impactado positivamente, evitando a emissão de 20 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera por ano – quantidade equivalente a 115 milhões de quilômetros em viagens motorizadas ou quatro mil carros a menos nas ruas, conforme o site oficial. Quem se beneficia disso, sem dúvidas, é toda a comunidade.

 

São Francisco bateu o martelo: vai arrecadar um dólar por cada parada de ônibus privados nos pontos públicos.


Fontes: Forbes, Reuters e Time

 

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