Em poucos meses a cidade de São Paulo terá uma nova linha de monotrilho que servirá os passageiros da capital, a 15-Prata que vai ligar a estação Ipiranga ao Hospital Cidade Tiradentes, passando pela Vila Prudente e São Mateus. Ao mesmo tempo, outras duas linhas seguem em implantação, sendo que a 17-Ouro (Jabaquara/Aeroporto/Morumbi) já esta em fase de obras, e a 18-Bronze, que vai ligar São Paulo até São Bernardo do Campo deve ter a licitação lançada esta semana.
Ainda que o modal seja mais barato que o metrô convencional, e com menor tempo de implantação, críticos afirmam que os elevados do monotrilho degradam a paisagem, sem contar que o sistema carrega menos passageiros que um ramal metroviário comum.
Em todo caso será uma novidade. Mas, o Brasil não é pioneiro na construção do aerotrem. Veja:
TÓQUIO (JAPÃO)
A capital japonesa foi a primeira cidade de porte a experimentar o sistema monotrilho. Sua abertura coincidiu com os Jogos Olímpicos de 1964. A linha de 17,8 km, que chega a atravessar a Baía de Tóquio, liga o aeroporto internacional de Haneda, no bairro de Ota, à estação de trem de Hamamatsucho, no bairro de Minato.
CHONGQING (CHINA)
Vem da China o maior sistema de monotrilho da atualidade. Ele fica em Chongqing, na região centro-oeste do país. Duas linhas operam em Chongqing – uma delas com 39,1 km, sendo a maior do mundo, e outra com 16,5 km. O monotrilho local também conecta o centro de Chongqing ao aeroporto internacional de Chongqing Jiangbei.
KUALA LUMPUR (MALÁSIA)
Planejado para ter ambiciosos 77 km de extensão, o monotrilho da capital malaia foi inaugurado, em 2003, com 8,6 km. Por causa de custos extras para a construção da infraestrutura e a limitada capacidade do sistema (até 45 mil passageiros por dia), o sistema ficou dependente de elevados subsídios.
MUMBAI (ÍNDIA)
Símbolo da renovação e modernização de sua infraestrutura, Mumbai deve inaugurar comercialmente até dezembro seus primeiros 19,54 km de monotrilho — chega-se a estudar até 135 km de extensão do sistema. Esse monotrilho conectará o centro da segunda maior cidade indiana com suas linhas ferroviárias suburbanas.
DUBAI (EMIRADOS ÁRABES UNIDOS)
Com 5,45 km de extensão, o monotrilho de Dubai conecta a parte continental da cidade à Palm Jumeirah, um arquipélago artificial em forma de palmeira, com luxuosos prédios de apartamento e áreas de lazer.
SIDNEY (AUSTRÁLIA)
Embora não seja uma opção de transporte importante para Sidney, a linha de monotrilho local passa em seus 3,6 km pelo coração financeiro da cidade australiana e pontos turísticos, como Darling Harbour e Chinatown. Porém, o monotrilho de Sidney deve ser demolido em 2014 ou 2015, segundo planos das autoridades locais.
LAS VEGAS (ESTADOS UNIDOS)
O monotrilho de Las Vegas foi inaugurado em 2004. Na verdade, seus 6,3 km não adentram os limites da cidade, mas conectam hotéis, cassinos e espaços de convenções nos arredores do Las Vegas Boulevard, precisamente nas cidades-satélites de Paradise e Winchester. Cobiçava-se ampliar o sistema de transporte, o único operado em todo país por companhia privada. Contudo, os planos foram abandonados com os constantes prejuízos operacionais. A empresa operadora pediu concordata em 2009.
WUPPERTAL (ALEMANHA)
Diferente de tudo que você já viu, capaz de transportar 75 mil passageiros por dia (praticamente 25 milhões deles a cada ano). O trem suspenso da Alemanha percorre um trajeto de 13,3 km a uma velocidade média de 60 km/h, fazendo 20 paradas em estações. Cada vagão mede 24 metros de comprimento e pode carregar até 130 pessoas.
Este sistema foi inaugurado, acredite, em 1901, e tem se destacado como modelo ótimo de meio de transporte. Pouco espaço em terra é utilizado para instalação das colunas que o sustentam; não há também interferência em outras alternativas de mobilidade – uma vez que os vagões percorrem trilhos que ficam suspensos sobre as ruas.
Fonte: Revista o Empreiteiro
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