O Bus Rapid Transit (BRT) novo sistema de transporte público que deve ser implantado em Palmas nos próximos 4 anos, foi apresentado nesta quarta-feira (29). O presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Palmas, Luiz Masaru Hayakawa, foi quem elaborou e apresentou o projeto. O modelo já existe em cidades como Curitiba (PR) e até mesmo em Los Angeles nos Estados Unidos.
O modelo proposto pela prefeitura é diferente do apresentado pelo estado. O governador Siqueira Campos (PSDB) apresentou na semana passada, ao lançar a região metropolitana de Palmas, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O sistema consiste em uma espécie de trem elevado em trilhos suspensos.
De acordo com o gestor, a partir da implantação da Região Metropolitana de Palmas (Metropalmas), os projetos de mobilidade urbana para a capital, para os 15 municípios e para o trajeto entre eles, poderão ser realizados de forma integrada, através da construção de linhas férreas ou através de rodovias duplicadas.
Mas segundo a Prefeitura de Palmas, o BRT é mais viável e eficiente. "A diferença está no custo do BRT, que está bem mais acessível para ser implantado. Tanto que o Ministério das Cidades libera um recurso específico para esse sistema. Ele não liberaria para Palmas, uma cidade de 260 mil habitantes, recursos para a implantação do VLT", explicou Christian Zini, secretário de Acessibilidade Mobilidade e Tranporte da capital.
O secretário de energias limpas, recursos hídricos e projetos especiais, Joaquim Guedes, alegou que um projeto não exclui o outro. "Um não é excludente com o outro. O Estado tem que ter uma visão mais longa para implantar os projetos por etapas", defendeu.
BRT de Palmas passará pelo setor Aureny 3
(Foto: Divulgação)
O BRT vai se deslocar pelo canteiro central da avenida Theotônio Segurado, transportando cerca de 200 passageiros por ônibus. No local será construída uma via rápida exclusiva. Serão aproximadamente 35 km desde o setor Santo Amaro, na região Norte, até o Taquari, na região sul, passando por dentro do setor Aureny 3.
Pelo projeto o sistema deve ter 28 estações de passageiros, sete estações de integração e dois terminais, além de calçadas e ciclovias. O modelo apresentado permite a integração com outras formas de transporte público e ainda melhora a circulação de pedestres e bicicletas.
A prefeitura da capital estima mais de R$ 700 milhões em investimentos para implantar o sistema. Recursos que serão repassados pelo programa de mobilidade urbana do governo federal. A previsão é de que em 4 anos o projeto seja concluído.
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