Para fiscalizar a construção do metrô de Curitiba, neste e no próximo ano, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) criou uma comissão formada por 11 técnicos, divulgou o órgão nesta terça-feira (28).

Segundo o TC, a primeira função do grupo é analisar a minuta do edital da licitação da obra, que foi lançada no dia 9 de janeiro pela Prefeitura de Curitiba. A minuta está disponível para consulta pública, no site da administração municipal, durante 30 dias. A previsão é de que o edital definitivo seja publicado a partir do dia 15 de fevereiro.

O projeto do metrô proposto pela prefeitura incluiu algumas recomendações técnicas já apontadas pelo Tribunal de Contas por meio de uma comissão anterior de fiscalização, que foi instituída em 2012.

A expectativa é de que até o início do segundo semestre de 2014 as obras já tenham começado, conforme anunciou o prefeito Gustavo Fruet (PDT) durante a divulgação da minuta do edital de licitação da construção do metrô.

Imagem: Divulgação/ Prefeitura de Curitiba

O metrô

A Linha Azul do metrô de Curitiba deverá ter 17,3 km de extensão, ligando a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) ao Cabral, no eixo Sul-Norte da cidade. Posteriormente, há a intenção de estender o trajeto até o bairro Santa Cândida. O projeto prevê que o tempo médio de trajeto entre a CIC e o Centro seja de 14 minutos, e de mais 14 minutos de Centro até o Cabral. Do total do percurso, 2,2 km devem ser elevados.

A obra terá custo de R$ 5,46 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão foi repassado pelo governo federal a fundo perdido. Prefeitura e governo do Paraná devem contribuir com R$ 700 milhões cada, e a iniciativa privada deve complementar o investimento.

A previsão é de que o trecho que vai até o Centro, na rua das Flores, seja concluído em quatro anos. O trecho até o Cabral terá cinco anos para ser terminado, mas as operações poderão começar apenas com a primeira etapa concluída. A construção será feita através do método shield, ou “tatuzão”, que escava por debaixo da terra, através de uma tuneleira.

Os trens do metrô devem ser automatizados e movidos a energia elétrica, sem a presença de motoristas. Segundo a prefeitura, o modelo permitirá uma maior frequência dos trens, diminuindo o tempo da viagem. Por medida de segurança, o acesso dos passageiros aos trens só será aberto, por uma porta automática, quando o trem estiver já parado sobre o trilho das estações.

Além da integração com os ônibus, intenção da prefeitura é integrar o metrô ainda com outros modos, como a bicicleta. Isso deve ser feito através da implantação de bicicletário e banheiros em terminais e nas estações do metrô.

Audiência pública

Uma audiência pública para que a população se manifestasse sobre as condições que deverão compor o edital definitivo da licitação foi realizada no dia 15 de janeiro. A população fez perguntas, críticas e, também, deu sugestões sobre a implantação do metrô na cidade. O prefeito Gustavo Fruet e outras autoridades municipais participaram do encontro.

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