A presidente Dilma Rousseff anunciou na última sexta-feira (17) em Belo Horizonte investimentos de R$ 2,55 bilhões para obras de mobilidade urbana em Minas Gerais. A maior parte do investimento vai para o metrô da capital mineira.
Em 24 de outubro do ano passado, a presidente havia adiantado, em uma entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, após visita à capital para inauguração de uma Unidade Municipal de Educação Física (Umei), que faria o anúncio de investimentos ao metrô. Mas, na ocasião, nenhum recurso foi revelado.
Dos R$ 2,55 bilhões, a Prefeitura de Belo Horizonte e o governo do estado vão receber R$ 2 bilhões para, em parceria, executar duas obras e projetos do sistema que inclui metrô e linhas de trem da Região Metropolitana. Cerca de R$ 1,9 bilhão são para a construção de dois trechos das linhas 2 [entre Barreiro e Nova Suíça] e 3 [entre Savassi e Lagoinha] do metrô de Belo Horizonte e mais R$ 90 mil para a elaboração de projetos.
“Metrô é uma obra que não seria feita sem a nossa parceria [União, estado e município] e participação do governo federal. É uma obra cara. (...) Durante muito tempo, se julgou não ser necessário se investir em metrô. Para o transporte urbano de massa, é fundamental o metrô”, avaliou a presidente. Segundo a Companhia Brasileira de Transporte Urbano (CBTU), o metrô transportou, em 2013, média mensal de 5,4 milhões de passageiros por mês nas 19 estações.
O governo de Minas Gerais ainda vai receber R$ 177,66 milhões do Pacto de Mobilidade Urbana para a construção dos corredores metropolitanos Norte e Oeste. A via Norte tem previsão de recursos de R$ 100 milhões mais R$ 910 mil para elaboração de projetos. A via Oeste vai receber R$ 76,7 milhões para sua construção.
A Prefeitura de Belo Horizonte vai receber também repasse no valor de R$ 377 milhões para obras de melhoria do transporte e de vias na cidade, entre elas o programa Pró-ônibus.
De acordo com dados da assessoria de imprensa da Presidência, o governo federal investe em 19 empreendimentos de mobilidade urbana pelo PAC em Minas Gerais. Esses recursos somam R$ 5,41 bilhões, sendo R$ 1,21 bilhão do Orçamento Geral da União (OGU), R$ 2,43 bilhões de financiamento público, R$ 1,2 bilhão de participação privada e outros R$ 600 milhões de contrapartida do estado e de municípios.
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