Crianças holandesas lutaram para tirar os carros de seu bairro

Vídeo dos anos 1970 mostra a batalha que vizinhos, adultos e crianças do bairro De Pjip, em Amsterdam, travaram pelo direito de permanecer e brincar nas ruas

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Fonte: Arch Daily  |  Autor: Eduardo Souza*  |  Postado em: 07 de janeiro de 2014

O bairro agora é um lugar de permanência, e não de

Bairro agora é lugar de permanência, não de passagem

créditos: Divulgação

 

Este instigante registro em vídeo apresenta parte da luta que vizinhos, tanto adultos como crianças, do bairro De Pjip, em Amsterdã (Holanda), travaram pelo seu direito de permanecer e brincar nas ruas. O material é de 1972, quando De Pjip tinha 100 anos de história. Havia sérios problemas de superlotação nas habitações e a invasão dos automóveis impedia a vida urbana. As crianças não tinham onde brincar. Os vizinhos se organizaram, as crianças protestaram.

 

 

A batalha foi dura e, às vezes, violenta. No minuto 4:17, vê-se como o condutor de uma 'kombi' perde o controle e desata sua ira contra os manifestantes ao ver que a pista está bloqueada. Hoje, esse tipo de reação seria incompreensível na cultura holandesa, o que mostra que inovações em transportes e na melhoria de espaços urbanos levam a uma melhor qualidade de vida. O forte ativismo cidadão desses anos contra uma massiva motorização das cidades européias rendeu bons frutos.



Hoje, o bairro De Pijp parece muito diferente. As faixas para carros foram bastante reduzidas, as calçadas foram ampliadas e reduziu-se drasticamente a oferta de estacionamentos. No lugar, plantaram-se árvores e colocaram-se estacionamentos para bicicletas.


O bairro tornou-se um lugar onde as pessoas querem viver. Será necessário passar, hoje, por todo esse processo para que possamos recuperar nossos bairros e cidades?

 

 

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                           Ruas completamente livres de automóveis: Hoje, De Pjip é um bairro onde as pessoas querem viver

 

 


*
Texto: Claudio Olivares Medina, editor de ciclismourbano.info. Via Plataforma Urbana. Tradução Eduardo Souza, ArchDaily Brasil


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