Mesmo com novas linhas sendo operadas pela iniciativa privada, Metrô de São Paulo descarta privatização de todo o sistema. A Linha 4 Amarela foi a primeira dentro do novo modelo, mas a construção do ramal foi de responsabilidade do Estado.
Os novos projetos devem ser realizados em Parceria Pública Privada, a exemplo da Linha 6 Laranja, que oficializou seus vencedores na semana passada. Pela primeira vez, o setor privado ficará responsável por todo o processo: construção, compra dos trens, sinalização e operação do ramal.
O governo mantém a administração das atuais Linhas: 1 Azul, 2 Verde, 3 Vermelho e 5 Lilás, bem como a construção de estações nesses ramais. Em entrevista, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que a Linha 6 agora será o modelo.
A linha 6 Laranja terá 13 quilômetros e 15 estações, na ligação da Vila Brasilândia, na zona Norte, até a São Joaquim, no centro da capital. A PPP envolve R$ 8,9 bilhões e o Estado entrará com a metade desse valor, mais R$ 700 milhões em desapropriações.
Além de acelerar a expansão do Metrô, sem a burocracia estatal, o modelo privado desonera o Estado de mais contratações de servidores públicos. O secretário de Planejamento, Julio Semeguini, pretende lançar brevemente a PPP da Linha Linha 18 Bronze, ligação de São Paulo com o ABC.
Outros projetos em análise são os trens regionais de passageiros, na ligação de São Paulo com Campinas, Sorocaba, Santos e São José dos Campos. O governo do Estado acredita que o adiamento do Trem Bala federal poderá direcionar os investimentos privados justamente nesses projetos.
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